A cheia no rio São Francisco tem chamado a atenção dos moradores dos municípios banhados pelo Velho Chico. Em Juazeiro, na Bahia, e em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, por exemplo, a quantidade de pessoas indo ver a mudança no cenário cresceu. No entanto, com o aumento do público, também subiu o risco de afogamentos.
Segundo o Tenente Breno
Gusmão Barbosa, do 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros em Petrolina, por causa
do grande volume d’água, a orientação é para que as pessoas evitem nadar no
Velho Chico.
“A Barragem de Sobradinho está trabalhando com um regime de
cheia. Então, esses 4 mil metros cúbicos por segundo tornam o rio com uma
configuração bem diferente da que nós estamos acostumados aqui na região”,
afirma o tenente, reforçando.
“Nós orientamos aos banhistas que, realmente, evitem entrar no
rio neste momento, porque a área de remanso, que é essa superfície mais
espelhada, próximo à margem, ou após um obstáculo, ela muda a configuração, ela
diminuiu. Então, quem está acostumado a entrar no rio até a cintura, que é o
recomendado, mesmo essa pouca distância da margem, já causa uma correnteza
capaz de levar o cidadão, e ele perder a flutuabilidade e o controle de sua
natação”.
Desde o último dia 12,
a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) iniciou de forma gradativa a
elevação da vazão da Barragem de Sobradinho, na Bahia. O Aumento no volume de
água ocorre em função das chuvas que ocorreram em dezembro, nos estados da
Bahia e Minas Gerais.
Ainda de acordo com o G1, na segunda-feira (24),
a vazão aumentou para 4 mil metros cúbicos por segundo, e deve permanecer assim
até o dia 1º de fevereiro. A Chesf não descartou o aumento na liberação de
água, dependendo da evolução das chuvas na Bacia do São Francisco.
Este é o maior nível no
curso natural do Velho Chico nos últimos 13 anos. Segundo o tenente do Corpo de
Bombeiros, a equipe está monitorando os locais mais acessados pela população,
para evitar possíveis afogamentos.
“Fomos na Ilha do Maroto, Ilha do Rodeadouro, Ilha do Massangano.
A Ilha do Fogo está impraticável, não existe mais faixa de areia. E, do lado de
Juazeiro, o nível subiu muito além do que era acostumado, porque esse regime
não tem desde 2009. Então, realmente, a recomendação é evitar o banho no rio”.
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