Com a promessa de prepara a direita para enfrentar as ‘mentiras da esquerda’, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) usou o Twitter para divulgar o curso O Caminho da Liberdade. “Reuni time incrível para iniciar uma formação de uma direita preparada para enfrentar as mentiras da esquerda e assumir o papel de defender o Brasil num ano decisivo”, disse o filho do presidente.
O time classificado por Eduardo como “maiores nomes do conservadorismo” é composto por Ricardo Salles; Onyx Lorenzoni; Nikolas Ferreira; Ana Campanholo; Marcos Pollon; Gustavo Gayer; Damares Alves; Rafael Nogueira; Mário Frias; Bia Kicis; Fernando Lisboa; Rogério Greco e o próprio Eduardo.
Na lista, nomes que ministrarão o curso, previsto para ocorrer no próximo dia 15, são conhecidos por falas e ações polêmicas, inclusive, alguns deles, com problemas eleitorais e/ou com a Justiça brasileira.
Ricardo Salles deixou o cargo de ministro do Meio Ambiente após virar alvo de investigação criminal por suposta atuação ilegal em favor de madeireiros. Em 2020, o então ministro da Cidadania, Onix Lorenzoni, assumiu ter recebido dinheiro de Caixa 2 da JBS durante suas campanhas eleitorais de 2012 e em 2014 e firmou um acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para encerrar a investigação.
Vereador de Belo Horizonte, Nikolas Ferreira é acusado de transfobia pela também vereadora Duda Salabert (PDT); responde na Justiça por uma suposta dívida de cerca de R$13, 8 mil em mensalidades atrasadas na Sociedade Mineira de Cultura, entidade que mantém a PUC Minas; teve o nome envolvido no esquema de fraudes nas cotas de gênero na composição do PRTB, partido que integrava; e ainda pode ter o mandato cassado por migrar para o PL de Bolsonaro durante a janela partidária.
Conhecida por incentivar a denúncia contra “professores doutrinadores”, a deputada de Santa Catarina, Ana Campagnolo já teve o nome envolvido em diferentes acusações. Em 2019, ela foi acusada de usar diárias para lançar seu livro pelo interior do Estado; em março deste ano, denúncias comprovaram que a deputada beneficiou em R$ 250 mil, a Federação Catarinense de Hipismo, cujo presidente já representou a parlamentar em ações judiciais.
Conhecido como Rei das Fake News, Gustavo Gayer já foi condenado pela Justiça de Goiás a gravar um vídeo para admitir que divulgou informações falsas sobre leitos de UTI para Covid-19 e acusações contra o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz.
A base de disseminação de informação para o curso promovido por Eduardo Bolsonaro serão redes sociais como Telegram ou WhatsApp.
Recentemente o presidente Jair Bolsonaro esteve reunido com o representantes da empresa Whatsapp.
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