O coordenador geral de comunicação institucional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) se pronunciou após um homem ser morto em uma espécie de “câmara de gás” improvisada pelos agentes no fundo de uma viatura do órgão. O caso aconteceu na cidade de Umbaúba, em Sergipe, na quarta-feira (25).
Em um vídeo publicado no Instagram da PRF-BA, Marco Territo afirma que a conduta dos dois agentes, que resultou na morte Genivaldo Jesus Santos, de 38 anos, não representa a instituição. Ele também classificou o caso como "algo isolado".
“Assistimos com indignação o caso ocorrido na cidade de Umbaúba em que uma ação envolvendo policiais rodoviários federais resultou na morte do senhor Genival. Não compactuamos com as medidas adotadas durante a abordagem. Os procedimentos vistos durante a ação, não estão de acordo com as diretrizes expressas em cursos e manuais da nossa instituição”, disse Territo.
“A ocorrência desta última quinta, e as mortes dos policiais rodoviários em Fortaleza, implicou na avaliação interna dos nossos padrões de abordagem. Estamos estudando os nossos procedimentos de atuação de aperfeiçoamento operacionais para ajustar o que for necessário, e prestar o serviço de excelência que o órgão vem fornecendo ao povo bradileiro. A conduta isolada não reflete o comportamento dos mais de 12 mil policiais rodoviários federais, homens e mulheres de honra que atualmente abordam mais de 10 milhões de pessoas que circulam pelas rodovias federais”, completou o coordenador geral de comunicação institucional.
- Morte
Antes de os policiais rodoviários federais levarem Genivaldo para o hospital, ele foi agredido por cerca de 30 minutos, segundo relatos de testemunhas à reportagem.
O caminhoneiro Aldrin Teixeira, 46, afirma que presenciou toda a cena. Segundo ele, a abordagem, que chamou de truculenta, ocorreu por volta das 11h, quando Genivaldo passava pelo local sem capacete, porém portava documentos que comprovariam a regularização da moto.
"Ele não reagiu, apenas perguntava a razão de estarem batendo nele", conta Teixeira, ao afirmar que a vítima reagiu instintivamente depois de ser atingido com spray de pimenta nos olhos. Teixeira relata ainda que houve uma tentativa frustrada por parte da população de tentar evitar as agressões, mas que foram ameaçados pelos policiais, que fizeram vídeos das testemunhas.
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