A polícia aponta que o número de vítimas lesionadas pelo médico João Couto Neto, de 46 anos, com atuação em Novo Hambugo (RS), pode passar de 100. O homem é apontado por ser responsável por causar lesões e mutilações durante cirurgias. Já são 18 familiares dizendo que pacientes morreram depois dos procedimentos.
No dia 12 de dezembro, João Couto Neto foi afastado de suas funções por 180 dias após decisão judicial, sem poder atender pacientes ou se aproximar de parentes das vítimas que teria lesado.
As investigações apontam que o médico chegava a acumular 25 cirurgias no mesmo turno. Nesta semana, 73 pessoas foram identificadas como possíveis vítimas. Todas elas foram atendidas e passaram por procedimentos em clíncias particulares que o médico atendia.
A polícia trabalha com duas linhas de investigações: a primeira aponta que o médico queria aumentar seus ganhos financeiros e trabalhava no limite, o que levava à negligência durante a cirurgia e no pós-operatório. A outra é a hipótese de "crueldade deliberada", já que as falhas são consideradas graves.
Cerca de 50 manifestantes se reuniram silenciosamente em frente ao hospital no dia 16 de dezembro durante protesto contra o médico. O aposentado Cristóvão Jacob Durante afirma que, em 2013, a esposa foi tratada pelo médico para a retirada de um câncer no estômago. Com a dilaceração do fígado na cirurgia, ela acabou perdendo muito sangue, resultando em problemas neurológicos, diz o marido.
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