As audiências do processo criminal contra três policiais rodoviários federais acusados do assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morto dentro de uma câmara de gás improvisada em uma viatura, serão retomadas nesta terça-feira (6). Os agentes devem ser ouvidos ao longo do dia.
Os policiais rodoviários federais foram presos preventivamente após se apresentarem à Polícia Federal (PF) no dia 14 de outubro. Todos foram indiciados por homicídio qualificado e abuso de autoridade.
No dia 25 de maio, Genivaldo foi abordado pelos três agentes no km 180 da BR-101, em Umbaúba, interior de Sergipe. Por não usar capacete enquanto estava a bordo de uma motocicleta, ele foi revistado e, em seguida, colocado dentro do porta-malas da viatura, onde foi lançado gás lacrimogêneo. Os agentes afirmam que foi preciso conter o homem por ele se recusar a obedecer ordens.
Genivaldo morreu após ficar 11 minutos e 27 segundos exposto a gases tóxicos. De acordo com um laudo pericial, ele sofreu um colapso no pulmão. A vítima fazia tratamento para esquizofrenia com remédios controlados há cerca de 20 anos.
À época do crime, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, por meio de nota, que os agentes empregaram "técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo". Também de acordo com a nota oficial, o homem resistiu à abordagem e foi agressivo.
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