Jasiane Silva Teixeira. Esse é o nome real de “Dona Maria”, umas das principais lideranças do tráfico de drogas e armas na Bahia. Ela teve a prisão preventiva concedida na quarta-feira (26) após pedido Ministério Público da Bahia (MP-BA). O mandado foi expedido pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador.
A Justiça determinou a transferência de Dona Maria para a Bahia, onde ela responderá por uma série de crimes que vão desde lavagem de dinheiro até homicídio. Dona Maria é investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MP-BA, que a denunciou na última quinta-feira (20) por lavagem de dinheiro.
Ela atuava no ramo de tráfico de drogas internacional por meio de aviões, envio de granadas, fuzis e diversas outras armas para Bahia, outros estados, e até exterior, além de possuir aliança com a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).
Jasiane se tornou a maior traficante da Bahia após a morte de seu companheiro, o Bruno Pezão, assumindo a liderança da organização criminosa denominada “Bonde do Neguinho”, facção ligada ao PCC. Com um histórico criminal extenso, que inclui condenações por homicídio, tráfico de drogas e porte de armas, a mulher exercia papel de destaque na coordenação do tráfico de drogas na região de Vitória da Conquista, no Sudoeste baiano.
Ela comandava uma rede criminosa de proporções internacionais, utilizando até mesmo aeronaves para transportar cocaína e armamentos pesados para facções em várias partes do país. A mulher ficou conhecida por utilizar métodos sofisticados para movimentar o tráfico de drogas incluindo a utilização de aviões.
O BNews obteve acesso à íntegra da decisão que destaca a periculosidade de Dona Maria, que já integrava o "Baralho do Crime" da SSP-BA. O documento menciona também o risco de fuga da traficante, já que ela permaneceu foragida por dois anos. Sua prisão preventiva foi decretada para garantir a ordem pública e evitar que ela continue a comandar o crime de dentro da cadeia.
A decisão judicial detalha a análise do Relatório de Inteligência Financeira (RIF), que apontou "significativa discrepância" entre os rendimentos declarados por Jasiane e as transações financeiras realizadas em suas contas bancárias.
O documento também revela a descoberta de um "método de contabilidade e controle de fluxo de caixa", com anotações de valores e formas de pagamento, reforçando a suspeita de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico. Dona Maria ocultava os lucros do tráfico, pulverizando os recursos em contas de terceiros e dificultando o rastreamento pelas autoridades.
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