Diego Barreto da Silva, conhecido como "Diego Cigano", acusado de ser o mandante de diversas chacinas contra membros da comunidade cigana na Bahia, foi preso na quarta-feira (24), na cidade de Feliz Deserto, em Alagoas. Ele estampava a carta "Oito de Espadas" do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA).
Segundo a Polícia Civil, Diego era procurado e alvo de um mandado de prisão preventiva por homicídios em Jequié, no sudoeste do estado. Ele tentou fugir de uma blitz de trânsito e chegou a jogar o veículo contra os policiais militares durante uma perseguição. Ao ser alcançado, apresentou um documento falso, mas os agentes constataram sua verdadeira identidade.
Além de cumprir o mandado de prisão por homicídio, ele também deve responder pelo crime de falsidade ideológica. Diego passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (25) e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. Ainda não há informações se ele ficará custodiado em Alagoas ou se será transferido para uma unidade prisional na Bahia.
Ataques
As investigações apontam que Diego Cigano teria encomendado diversos ataques por desavenças e vingança envolvendo famílias da comunidade cigana, da qual também faz parte. Para um dos crimes, ele chegou a contratar um policial militar para organizar e recrutar os executores.
Um dos episódios resultou na morte de quatro ciganos em um restaurante no centro de Feira de Santana, em 14 de setembro de 2023. As vítimas foram identificadas como Amilton Valadares, de 50 anos, Jofre Souza, 49, Agnaldo Souza Júnior, 35, e Altamir Santos, 27.
À época, quatro homens encapuzados entraram no estabelecimento e abriram fogo contra os ciganos. Os suspeitos, que usavam distintivos de polícia, fugiram na sequência.
Em 5 de outubro de 2023, um novo ataque foi registrado na cidade de Jequié. Na ocasião, seis pessoas morreram, entre elas uma criança de 5 anos e uma mulher grávida de nove meses.
Dois dias antes, em 3 de outubro, um homem identificado como Iomar Barreto Cabral, de 22 anos, foi encontrado morto dentro de um carro na BR-116, em Rafael Jambeiro. Segundo a polícia, ele era parente da família executada em Jequié.
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