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sábado, 20 de dezembro de 2025

Áudio mostra Careca do INSS e amiga do filho de Lula articulando por contrato sem licitação na Saúde

A Polícia Federal analisa um áudio que revela indícios de que o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e a empresária Roberta Luchsinger tentavam fechar um contrato, sem licitação, no Ministério da Saúde para o fornecimento de medicamentos à base de cannabis para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Ex-candidata a deputada estadual pelo PT, Luchsinger foi alvo de um mandado de busca e apreensão na quinta-feira (18) em uma nova fase da operação que apura supostas fraudes em descontos em aposentadorias e pensões. Ela é amiga do empresário Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

A empresária, segundo a Polícia Federal, prestou serviços de consultoria ao Careca do INSS, recebendo R$ 1,5 milhão, em cinco parcelas de R$ 300 mil. A negociação para conquistar um contrato do Ministério da Saúde não foi adiante, porque Antunes foi alvo da investigação e teve os seus bens bloqueados. As informações são do jornal O Globo.

Em um áudio de WhatsApp enviado por Luchsinger para Antunes no início deste ano, a empresária defende a dispensa de licitação para o acordo que desejava que fosse firmado com o ministério.

“É contratação, sim. Ele sabe que é dispensa. É a nova lei das licitações, não sei se você já deu uma lida. Devido ao cenário de emergência, podemos criar um documento bem robusto pedindo a dispensa de licitação”, diz Luchsinger para Antunes.

Diante dos indícios de que o esquema de fraudes no INSS tinham ramificações em outros setores, o ministro André Mendonça, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preste informações sobre processos em andamento que sejam de interesse da empresa de Antunes que fornece canabidiol.

De acordo com registros obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, Antunes esteve cinco vezes no Ministério da Saúde entre 2024 e 2025. Em uma delas, estava acompanhado de Luchsinger.

Em nota, a defesa da empresária afirmou que os “os negócios se mantiveram apenas em tratativas iniciais e não chegaram a prosperar” e ressaltou que o caso não tem relação com as fraudes no INSS.

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