[...] Será necessário, porém, prospectar mais fundo. Dilma deverá reeleger-se em função de sua postura autoritária, prepotente e irascível? Estaria o país satisfeito em assistir a Madre Superiora do convento enquadrando as feirinhas e obrigando-as a permanecer ajoelhadas, rezando seu catecismo? A atual presidente carece de potencial para tanto, apesar de suas tentativas, mas representa esse papel.
Devemos buscar as razões do segundo mandato, caso não irrompa uma alteração despercebida dos doutos pesquisadores, na índole egoísta da maioria da população. Os empresários protestam, estrilam e reivindicam, mas ajeitam-se para continuar a viver nessa situação sofrível. A classe média sofre cada vez mais, ainda que tentando conservar suas ilusórias conquistas, por isso permanecendo insossa e inodora.
O proletariado urbano troca a indignação pela falta de coragem para exigir mais direitos, com medo de cair dos patamares já alcançados. Assim estão as instituições nacionais: acomodadas. Acovardadas diante da hipótese de mudanças capazes de mudar suas vidas, que ninguém, aliás, define como seriam,
Também, jamais com Marina, nem com Aécio, a sociedade poderia sonhar em alterações profundas. Somos um país de acomodados, explicando-se porque Dilma tem todas as chances de conquistar o segundo mandato. Para ficar tudo como está. (Carlos Chagas/Magno Martins)
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