Esqueça a preocupação com as nomeações de Dilma para o Supremo. É verdade que, de acordo com o previsto, ela deve indicar cinco nomes. É verdade que, em 2016, só deverá haver um ministro não indicado nem por Lula nem por Dilma: Gilmar Mendes, nomeado por Fernando Henrique, cuja aposentadoria compulsória, aos 70 anos, está marcada para 2025.
Só que não muda nada: dos dez ministros atuais do Supremo (falta indicar o substituto de Joaquim Barbosa), nove foram indicados por Lula, Dilma ou presidentes que estão em sua base de apoio, Collor (Marco Aurélio) e Sarney (Celso de Mello). Isso não impediu que o Governo fosse derrotado em várias ocasiões - inclusive no processo do Mensalão, comandado por Joaquim Barbosa, um dos indicados de Lula. Ministro do Supremo não depende de quem o nomeou: tem independência garantida. Nomeie dez, nomeie todos, isso não assegura vitórias sucessivas ao Governo. (Carlos Brickmann)
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