Ciro Gomes afirmou que nenhum dos candidatos à Presidência, na eleição deste ano, demonstrou compromisso em celebrar um projeto econômico para o País. “Todos eles discutiram, prostrados diante do setor financeiro, nuances de conservadorismo. E com esse conservadorismo o Brasil não sai dessa crise sem um grave colapso”.
Com US$ 86 bilhões de déficit nas transações correntes com o estrangeiro, tem-se um efeito no País de uma transação crônica, crescente sobre o câmbio, e uma moeda que tende a se desvalorizar, avalia. Para ele, esta é a ameaça inflacionária real que não pode ser combatida com taxa de juros, política do Governo de Dilma Rousseff (PT).
Questionado se esse é o momento do Brasil crescer ou conter a inflação, Ciro diz que o País só terá estabilidade se crescer. “Se não crescer a proporção da dívida versus PIB e seus efeitos fiscais vai continuar se deteriorando. Não tem equação para o desequilíbrio nas nossas contas externas”.
Ele acredita que prevaleceu a lucidez do brasileiro que preferiu guardar alguns valores centrais com a reeleição da presidente, frente ao “entreguismo alienante do PSDB”.
Ciro Gomes diz, ainda, que se nada for mudado Dilma pode não concluir o seu mandato. “Eu não gosto da coalizão que está no poder do Brasil com a Dilma, PT-PMDB. Se não for mudada, inclusive no plano moral, talvez a Dilma não consiga terminar seu mandato. (O Povo)
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