O Escândalo da Mandioca foi o maior escândalo financeiro de Pernambuco, ocorrido no período entre 1979 e 1981 na agência do Banco do Brasil de Floresta, resultando no desvio de Cr$ 1,5 bilhão do Proagro - programa de incentivo agrícola criado pelo Governo Federal em 1973. O golpe consistiu na obtenção de documentos falsos para conseguir créditos agrícolas para o plantio de mandioca, feijão, cebola, melão e melancia, utilizando cadastros frios, propriedades fictícias e agricultores fantasmas. "Relembre aqui".
Agora a dita mandioca, macaxeira ou aipim foi adquirida pela Petrobras com superfaturamento nos contratos. Segundo constatação do Tribunal de Contas da União (TCU), na parcela dos custos com alimentação, a mandioca foi comprada para café da manhã nos canteiros de obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, por R$ 2,28 a cada 220 gramas.
Mas, técnicos do TCU verificaram junto à Ceasa de Pernambuco e perceberam que o custo para a porção de 220 gramas do aipim era de R$ 0,39, no máximo.
A Polícia Federal investiga superfaturações na estatal desde 2011 em contratos das obras da refinaria pernambucana.
Nesse caso dos gastos exagerados com a alimentação, o valor superfaturado chegou a R$ 37 milhões, segundo auditores do TCU.
Intimados para explicarem os gastos, os gerentes da Petrobras responsáveis pela contratação disseram a PF que a compra de itens regionais é uma exigência dos trabalhadores. "A convenção coletiva dos trabalhadores da indústria da construção pesada exige que o café da manhã respeite os regionalismos. No caso do Nordeste, são um túberculo e uma proteína. Sem macaxeira ou inhame e sem galinha ou carne, a obra para", disse Flávio Casa Nova à PF, gerente de implementação da obra na Abreu e Lima. (O Globo)
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