Com o início dos trabalhos de supressão da vegetação na área de implantação do perímetro de irrigação Pontal Sul, em Petrolina, sertão de Pernambuco, começa efetivamente o processo de integração dos produtores, premissa importante para que possa deslanchar a produção agrícola no perímetro. O Pontal ocupará uma área total de quase 8 mil hectares nas áreas sul e norte do perímetro, situado na zona rural. A primeira etapa prevê a integração de aproximadamente 3 mil hectares na área sul.
“Obtivemos a autorização ambiental para iniciar a etapa da supressão vegetal que deverá durar um ano, mas na medida em que formos avançando na limpeza da área, iremos promovendo a integração. Pretendemos atingir mais de 100 hectares nesta etapa inicial da supressão”, destacou Francisco Andrade, diretor geral da empresa que irá administrar o perímetro, selecionada durante processo de licitação pública.
A produção prevista será de frutas como manga, caju, uva, coco, goiaba, abacaxi e maracujá. Um viveiro foi montado, com 80 mil mudas, numa parceria com a Embrapa em Petrolina.
Para a etapa da supressão vegetal, foram contratadas cerca de 50 pessoas para dar início aos trabalhos. “O Pontal, que vai gerar cerca de 8 mil empregos, começa a empregar antes mesmo de sua operação. Esse é o foco principal de todo o investimento, desenvolvimento regional com geração de empregos”, ressaltou Francisco.
Além dos operadores das máquinas, a equipe encarregada da supressão vegetal inclui biólogos, para proteção da fauna encontrada. O trabalho tem que ser feito também com preservação das espécies da Caatinga como umbuzeiros, umburanas e também o umburuçu, espécie incluída na lista pela empresa responsável.
“São plantas que ficarão preservadas na região. Estamos tendo o cuidado de não retirar árvores maiores, com mais volume e que gerem mais sombra também”, comenta Andrade. Os termos da licença ambiental são rígidos, e indicam que toda a supressão do Pontal Sul precisa acontecer em 12 meses, prazo exigido pela Agencia Estadual do Meio Ambiente (CPRH), responsável pela fiscalização.
O analista de desenvolvimento regional da Codevasf em Petrolina, Claudio Baltazar, explica que a instituição cumpre o papel nesse processo de fiscalizar o cumprimento das exigências impostas para o novo modelo de irrigação do perímetro no qual a empresa foi vencedora.
“Nossa função é acompanhar tudo que ficou estabelecido no contrato de CDRU com a empresa vencedora do processo, garantindo o cumprimento de todas as exigências do contrato”, enfatizou Claudio. (Ascom Codevasfe)
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