Insatisfeitos com a agenda
econômica do Governo Federal, trabalhadores pernambucanos tomam
as ruas do Recife nesta sexta-feira (10) à tarde
em protesto contra medidas como a Reforma Trabalhista,
a privatização do sistema Eletrobras e a PEC do Teto
de Gastos. O desemprego e a política de preços da Petrobras, que tem elevado o custo dos
combustíveis, também estarão na lista de reclamações. Por isso, a manifestação,
marcada para começar às 15h na Praça do Derby, está sendo chamada de “Dia
do Basta”.
Além disso, algumas categorias
devem trabalhar em horário reduzido. Servidores municipais, como
os professores e os auxiliares administrativos, por exemplo, devem
cruzar os braços. E os bancários vão abrir as agências mais tarde,
apenas ao meio-dia. Rodoviários, Correios, urbanitários e auditores fiscais
disseram que não vão paralisar suas atividades.
Praça do Derby
“É um basta para o trabalho
precário e para o desemprego, que já atinge quase 13 milhões de pessoas;
um basta para a Reforma Trabalhista, que tem retirado direitos
trabalhistas; e um basta para a venda do patrimônio nacional, pois, além de
tentar vendar o sistema Eletrobras, o governo tem vendido petróleo cru
para trazer petróleo processado dos Estados Unidos. É isso que tem encarecido
a gasolina, o gás de cozinha e o diesel e que provocou
a greve dos caminhoneiros”, afirmou o presidente
da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Paulo Rocha,
dizendo que os trabalhadores também vão se posicionar contra
a Reforma da Previdência e a PEC do Teto de Gastos. “Com a PEC, vai faltar dinheiro para a saúde e a
educação. Agora, por exemplo, o governo está tirando R$ 1 bilhão da educação
para subsidiar o diesel, já que não pode ampliar o seu orçamento”,
alegou Rocha.
Além da CUT, participam
do ato desta sexta-feira a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Força
Sindical, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a
Central Sindical Popular (CSP Conlutas), a Nova Central e
a Intersindical. “O movimento sindical vai mostrar as insatisfações da classe
trabalhadora para tentar mudar essas questões no próximo governo. E, como não
dar para ficar só no discurso, vamos pressionar da forma como podemos”,
acrescentou o presidente da UGT-PE, Gustavo Walfrido. Ele explicou que o
ato deve contar com a participação de diversas categorias, como professores,
servidores da saúde, rodoviários, bancários, metalúrgicos e urbanitários. O ato
ainda pode contar com o reforço do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
(MTST), que já protestou ontem pedindo mais moradias populares no Recife.
A ideia é se concentrar na Praça do Derby e sair em passeata
pelo Centro do Recife. O destino da manifestação ainda será definido, mas,
entre os destinos cogitados, estão a Praça da Independência e a Assembleia
Legislativa de Pernambuco.
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