Impossibilitado
de apresentar o seu candidato no debate presidencial da TV Bandeirantes, o PT decidiu realizar um evento paralelo. Transmitirá
no mesmo horário, pela internet, o “Debate com Lula”. O nome não faz jus à
iniciativa, pois Lula, preso em Curitiba, não dará as caras. E não haverá um
debate, mas uma espécie de culto de adoração à divindade petista.
Em comunicado divulgado na tarde desta
quinta-feira, o PT anotou: “Lula prometeu e, enquanto é mantido injustamente
como preso político, sua voz segue ecoando por milhões de outras vozes
espalhadas por todo o Brasil. E nesta quinta-feira, quem terá a missão de falar
em nome do ex-presidente, durante debate transmitido em suas redes sociais, a
partir das 22h, será a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann; o
porta-voz de Lula, Fernando Haddad; um dos coordenadores do Plano Lula de
governo, Sérgio Gabrielli; e Manuela D’Ávila.”
Se o texto do Partido dos Trabalhadores
significa alguma coisa, é o seguinte: a legenda não tem medo da morte. Mais:
acredita em vida depois da morte. Melhor: a nota passa impressão de que a
legenda de Lula já alcançou o paraíso. Após fenecer como partido, o PT ressurge
na forma de uma religião. E tenta a sorte como igreja.
Missionários dos novos tempos, Gleisi, Haddad,
Gabrielli e até a pecedobê Manuela se dispõem a arrastar as correntes do seu
líder messiânico na internet porque são movidos por uma fé de inspiração
cristã. O ingrediente da dúvida não faz parte do credo lulista. Seus devotos se
alimentam da certeza de que a divindade presa é uma potência moral, que não
deve contas senão à sua própria noção de superioridade.
Preso, Lula está em toda parte, menos no
debate da TV Bandeirantes. Ali, a lei dos homens não permite que um condenado
por corrupção e lavagem de dinheiro se apresente ao eleitorado pagão como um
novo Messias. (Via: Blog do Josias de Souza)
Blog: O Povo com a Notícia