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domingo, 9 de dezembro de 2018

Em carta, número 1 do PCC ameaça matar promotor caso seja transferido de São Paulo


Duas mulheres foram presas pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), na tarde de sábado (8), na saída da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo.

Com elas foram encontradas duas cartas codificadas, com ordens da alta cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital). As duas mulheres foram presas em flagrante.

As cartas, que foram decodificadas pela polícia, continham um suposto plano de matar um servidor da SAP (Sistema Administração Penitenciária) e o promotor Lincoln Gakiya, caso a cúpula da facção fosse transferida para presídios federais. A informação foi confirmada pelo próprio promotor, que não quis dar entrevista.

No início da semana, Gakiya pediu a transferência de integrantes da cúpula da facção, inclusive do líder da organização criminosa, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. O pedido veio depois que um suposto plano de resgate de Marcola foi descoberto pela Polícia Civil e MP-SP (Ministério Público de São Paulo).

Cartas apreendidas


As duas cartas, uma manuscrita e outra digitalizada, estavam com duas mulheres. Elas teriam ido visitar parentes presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. A primeira carta foi localizada dentro da bolsa de uma mulher de 45 anos. Já segunda estava dentro do veículo de uma vistante de 39 anos.

Um dos "salves", como são chamadas as ordens da fação, pedia a atenção de todos os integrantes: "Essa missão é de extrema, pois se o amigo aqui for para federal, essa situação tem que ser colocada no chão de qualquer forma". O bilhete ainda termina dizendo que "infelizmente a carona não deu certo, pois existe traidores no meio de nois (sic)" — segundo os investigadores, a "carona" seria o plano de resgatar o nº1 do PCC da prisão.

Com elas, também foram encontradas anotações de movimentações financeiras referentes ao tráfico de drogas. As duas mulheres foram presas em flagrante. (Via: UOL)

Blog: O Povo com a Notícia