Em um documento produzido pela
Vale e obtido pela Promotoria de Minas Gerais, a mineradora estima que a
barragem Sul Superior, na mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), corre risco
de rompimento entre os dias 19 e 25 de maio.
Há dias, foi identificada uma
deformação no talude (encosta que garante estabilidade) na cava da mina, a
cerca de 100 km de Belo Horizonte. Conforme a Folha, o relatório de
monitoramento geotécnico da situação, referente à semana entre 7 e 13 de maio,
diz que os dados colhidos pelo radar instalado na cava apontam para
possibilidade de deslizamento do talude. O texto afirma que as trincas da
estrutura estão evoluindo e que a movimentação dele está aumentando. O
documento foi repassado pela Vale a órgãos de Estado.
Em um documento produzido pela Vale e obtido pela Promotoria de Minas
Gerais, a mineradora estima que a barragem Sul Superior, na mina Gongo Soco, em
Barão de Cocais (MG), corre risco de rompimento entre os dias 19 e 25 de maio.
Há dias, foi identificada uma deformação no talude (encosta que garante
estabilidade) na cava da mina, a cerca de 100 km de Belo Horizonte. O relatório
de monitoramento geotécnico da situação, referente à semana entre 7 e 13 de
maio, diz que os dados colhidos pelo radar instalado na cava apontam para
possibilidade de deslizamento do talude. O texto afirma que as trincas da
estrutura estão evoluindo e que a movimentação dele está aumentando. O
documento foi repassado pela Vale a órgãos de Estado.
Na quinta-feira (16), o Ministério Público de Minas Gerais expediu uma
recomendação para que a Vale informe à população da cidade os riscos e danos em
caso de rompimento da barragem. Os promotores pedem que a comunicação seja
feita por carros de som, jornais e rádios. A recomendação pede ainda que seja
fornecido apoio logístico, psicológico, médico, além de alimentação, medicação
e transporte às pessoas que podem ser atingidas pelo rompimento, com postos de
atendimento nos municípios de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do
Rio Abaixo. A mineradora respondeu que seguirá a recomendação.
O nível de risco de rompimento na barragem Sul Superior foi aumentado pela
Vale no final de março. A estrutura foi colocada em nível 3, que significa de
ruptura iminente ou já ocorrendo. Pessoas que vivem na chamada zona de
autossalvamento, região próxima a barragem onde não haveria tempo de
intervenção em caso de rompimento, já haviam sido retiradas do local em
fevereiro. Nos dias seguintes ao anúncio, a Defesa Civil de Minas Gerais
promoveu simulados para a chamada zona secundária — pessoas que vivem dentro da
mancha de inundação, mas que teriam tempo de sair do local em caso de ruptura.
Foram realizados treinamentos em Barão de Cocais, Santa Bárbara, Itabirito,
Nova Lima, Raposos e São Gonçalo do Rio Abaixo.
Segundo o tenente coronel Flávio Godinho, no sábado, às 15h, a Defesa
Civil de Minas voltará a realizar um simulado em Cocais para as pessoas que não
estavam presentes no primeiro. O prefeito da cidade chegou a decretar feriado
municipal no dia 25 de março para que a população participasse. A taxa de
presença foi de 60%, com 3.626 participantes. A estimativa é que 6.000 pessoas
possam ser atingidas na cidade. Godinho explicou que o talude está a 1,5 km de
distância, na parte de trás da barragem. Caso ele venha a se romper e cair,
explica ele, não há como prever se irá cair na cava e qual o impacto que pode
gerar, porque não há como precisar a velocidade da queda e se ele causará um
abalo sísmico que influencie a barragem.
Por orientação do órgão, a prefeitura de Barão de Cocais pintou todos os
meios-fios da cidade que estão dentro da zona secundária, onde a lama chegaria
em tempo estimado de uma hora e 12 minutos, para que as pessoas saibam que
estão dentro da área de risco.
Em nota, a Vale afirma que “não há elementos técnicos até o momento para
se afirmar que o eventual escorregamento do talude Norte da Cava da Mina Gongo
Soco desencadeará gatilho para a ruptura da Barragem Sul Superior. Mesmo
assim, a Vale está reforçando o nível de alerta e prontidão para o caso extremo
de rompimento”. A cava da mina Gongo Soco está paralisada desde 2016. (Via: Agência Vale)
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