Foto:
Antonio Cruz/ Agência Brasil
O presidente da República, Jair
Bolsonaro (PSL), afirmou nesta sexta-feira (3) que a única forma de o presidente
da Venezuela, Nicolás Maduro, cair, é enfraquecer o Exército daquele país. “Não
tem outra maneira. Se você não enfraquecer o Exército da Venezuela, o Maduro
não cai”, disse o presidente a jornalistas, após cerimônia de imposição de
insígnias da Ordem de Rio Branco, no Itamaraty.
Ele voltou a defender uma solução “de forma pacífica” para o país vizinho.
“Se não tiver como, com um hipotético conflito, aí cada país decide se vai para
as últimas consequências ou não”, declarou.
No evento, destinado à formatura
de diplomatas, Bolsonaro afirmou que, quando a diplomacia falha, as Forças
Armadas entram em campo. Ele negou que estivesse falando da Venezuela. “Quando
acaba a saliva, entra a pólvora. Não queremos isso”, declarou à imprensa.
Bolsonaro disse que o País não enviou nenhum emissário à Venezuela para
tratar da crise e que não tem nada para conversar com Nicolás Maduro. Ele
voltou a falar que, neste momento, sua maior preocupação é com a Argentina por
causa da eleição no país e que ação do Brasil nesse sentido se dará no limite
das atribuições do Itamaraty.
Argentina
Na cerimônia de formatura, Bolsonaro voltou a manifestar “preocupação” com
a eventual eleição de Cristina Kirchner nas eleições presidenciais deste ano na
Argentina. Ele comparou a vitória da ex-presidente à crise na Venezuela.
Pesquisas mostram que ela ganharia do atual presidente, Mauricio Macri, se o
pleito fosse hoje.
“Aproveito esse momento ímpar de ser ouvido pela querida, estimada e
necessária imprensa para dizer que, além da Venezuela, a preocupação de todos
nós deve voltar um pouco mais ao sul do continente, para a Argentina e por quem
pode voltar a comandar aquele país. Não queremos, acho que o mundo todo não
quer outra Venezuela mais ao sul do nosso continente”, disse aos novos diplomatas.
Na quinta, Bolsonaro falou sobre o assunto em transmissão ao vivo no
Facebook. “Ninguém aqui vai se envolver com questões de fora do nosso país.
Mas, como cidadão, tenho a preocupação de que volte o governo anterior ao do
Mauricio Macri”, disse o presidente.
Nesta sexta, Bolsonaro falou, ainda, que o Itamaraty será “essencial” para
o sucesso do projeto de seu governo. Ao se dirigir aos formandos, afirmou que
eles não podem permitir que o Brasil “seja definido lá fora com base em
interesses alheios” e devem “dar voz ao nosso povo e defender nossos valores”.
“Trabalhem por um Brasil aberto aos grandes fluxos econômicos, Brasil capaz de
se conectar ao grandes centro tecnológicos, de atrair investimentos, se de
abrir ao mercado, defender democracia.” (Via: Folhapress)
Blog: O Povo com a Notícia