Na manhã desta sexta-feira (17),
a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do
prefeito do município de Cedro, Antônio Inocêncio Leite (PR). Na ação, que faz
parte de uma operação contra supostos desvios de recursos públicos em
contratos com a administração da cidade do sertão de Pernambuco, foram
apreendidos R$ 45 mil em dinheiro, R$ 160 mil em cheques, uma caminhonete Toyota
Hilux, além de uma pistola com registro vencido, munições e um celular.
Os agentes também cumpriram mandado de busca e apreensão na sede da
prefeitura e nas empresas que também são alvos da investigação, onde foram
apreendidos processos licitatórios e outros documentos que serão
analisados pela operação chamada de “Chofer”. De acordo com as investigações da
Polícia Federal, o prefeito utilizava um “laranja” para vencer processos de
licitação ou dispensá-los indevidamente. Em depoimento na Delegacia de
Polícia Federal em Salgueiro, o prefeito negou todas as acusações. O Blog de Jamildo tentou contato com a
prefeitura, mas não obteve sucesso.
Ainda segundo a PF, o gestor se
apropriava de recursos públicos, sem a correspondente prestação do serviço
fornecimento do produto pela empresa contratada pela prefeitura. O nome da
operação se refere à função de motorista que um dos sócios de uma das empresa,
indicado como “laranja” do prefeito, exercia nas empresas que pertenceriam
a Antônio Inocêncio Leite, de acordo com as investigações.
Durante a deflagração da operação, foram cumpridos cinco medidas
cautelares de busca e apreensão realizadas por 21 policiais federais.
Uma das empresas contratadas pela Prefeitura de Cedro tinha pouco mais de
30 dias de constituída quando foi contratada pela gestão para aquisição de
materiais de construção e reformas nas secretarias municipais. No contrato,
foram empenhados em seu favor R$ 398 mil. Após ganha essa licitação, a mesma
empresa foi contratada para o serviço de manutenção preventiva e corretiva
de veículo. De acordo com a Polícia Federal, a sua estrutura é incompatível
para a prestação do serviço.
Segundo as investigações, entre
os anos de 2017 e 2018 foram empenhados cerca de R$ 3 milhões em favor da
empresa para os mais diversos e variados serviços, como fornecimento de peças e
manutenção para a frota de veículos do município à poda de árvores.
De acordo com a PF, o sócio dessa empresa já foi contratado como motorista
de uma empresa do prefeito e prestou também serviço de eletricista na campanha
eleitoral do gestor. A outra sócia seria beneficiária do programa Bolsa
Família e garantia-safra. Os dois, segundo as investigações, residem em uma
casa simples na zona rural do município.
Para a Polícia Federal, isso demonstra que os dois não possuem condições
financeiras para a constituição de uma empresa desse porte, que localizada em
prédio coligado a um estabelecimento comercial de propriedade do prefeito. (Via: Blog do Jamildo)
Blog: O Povo com a Notícia