A Justiça Federal de São Paulo ratificou o recebimento de uma denúncia
feita pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal
Federal (STF) contra o deputado federal Aécio Neves e tornou ele réu por
corrupção passiva e tentativa de obstrução judicial das investigações da Lava
Jato.
A acusação foi feita a partir de delações de Joesley Batista, do Grupo
J&F, que afirmou ter pago propina no valor de R$ 2 milhões ao deputado.
Também são acusados de corrupção passiva a irmã do senador, Andréa Neves, um
primo dele e um assessor parlamentar do congressista. Em troca, ele teria
prestado favores políticos a Joesley.
A defesa do deputado ainda não se pronunciou.
Investigação
Segundo a investigação, a irmã de Aécio e o próprio deputado pediram, em
2017, R$ 2 milhões, que foram pagos em quatro parcelas.
A denúncia também relata que Aécio Neves, de 2016 até maio de 2017, pelo
menos, tentou impedir e embaraçar as investigações da Operação Lava Jato, na
medida em que "empreendeu esforços para interferir na distribuição dos
inquéritos da investigação no Departamento de Polícia Federal, a fim de
selecionar delegados de polícia que supostamente poderiam aderir ao impedimento
ou ao embaraço à persecução de crimes contra altas autoridades políticas do
país". (Via: Agência Senado)
Blog: O Povo com a Notícia