Preso no Mato Grosso do Sul na
segunda (29), após uma fuga que durou cinco meses,
o acusado pela morte do promotor Thiago Faria em 2013, José Maria Rosendo,
chegou ao Recife na
madrugada desta quarta-feira (31). A informação foi confirmada pelo secretário
de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.
Depois de chegar à capital
pernambucana, Rosendo foi encaminhado ao Departamento de Repressão aos Crimes
Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste do Recife, onde presta
depoimento. O preso responde a novos inquéritos policiais devido à fuga da
Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, em
fevereiro deste ano.
Após o depoimento, ele segue para
uma unidade prisional em Pernambuco. O local não foi informado por questões de
segurança, segundo Pedro Eurico.
Julgamento e fuga
Em outubro de 2016, José Maria
Rosendo foi condenado a 50 anos e 4 meses
de reclusão em regime fechado, pela 36ª Vara da Justiça
Federal em Pernambuco, devido ao homicídio doloso do promotor do MPPE e pelas
duas tentativas de homicídio contra Mysheva Martins, noiva de Thiago, que
estava dentro do carro com ele no momento do assassinato, e Adautivo Martins,
tio dela.
Rosendo estava foragido desde 14
de fevereiro de 2019, quando detentos da penitenciária em Itamaracá, no Grande
Recife, fugiram com o auxílio de uma
escada improvisada. Houve ação de criminosos do lado externo,
que dispararam contra agentes da unidade prisional e um policial militar que
estava em uma guarita de segurança morreu na ocasião.
Depois da captura de
José Maria Rosendo, em Corumbá, em Mato Grosso do Sul, a Polícia Civil de
Pernambuco constatou que o fugitivo esteve na Bolívia, em cidades como
Cochabamba e Puerto Quijarro. Além da fuga e da morte de um sargento durante a
ação, Rosendo também passa a ser investigado por suspeita de envolvimento com o
tráfico internacional de drogas.
Entenda o caso
O assassinato do promotor Thiago Faria ocorreu em 14 de outubro de 2013,
na PE-300, em Itaíba, no
Agreste de Pernambuco. Durante os quatro dias de julgamento, o Ministério
Público Federal (MPF) entendeu que José Maria Rosendo era o único interessado na
morte da vítima.
A motivação do crime, segundo
a Polícia Federal,
envolveu uma disputa pelas terras da Fazenda Nova. Na época do julgamento, o
MPF explicou que Faria atuou de maneira incisiva na imissão de posse da Fazenda
Nova, onde Zé Maria morava e que foi desapropriada em favor de Mysheva, que
arrematou 25 hectares da fazenda, incluindo a casa-sede, em um leilão da
Justiça Federal. (Via: G1 PE)
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