No final da manhã desta quinta-feira
(18), Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz Angélica Mota, recebeu informações
sobre o esconderijo do foragido da justiça Alisson Henrique de Carvalho Cunha.
Ele é acusado de ter apagado as imagens em que aparecia o assassino da menina,
que foi morta no dia 10 de dezembro de 2015, no colégio Maria Auxiliadora, em
Petrolina-PE.
Em entrevista ao Portal Preto No Branco, ela informou que recebeu
informações de uma fonte anônima de que o suspeito estaria em sua própria
residência, localizada na periferia da cidade, e que a polícia já está no
local.
“Hoje nós recebemos uma denúncia de onde Alisson Henrique foragido,
estaria. Acionei a polícia para fazer a prisão dele, porém a pessoa que está
dentro da casa dele não abre a porta e os policiais precisam de um mandado de
busca. Já comuniquei a delegada de plantão, a Dra. Isabela, ao promotor
Fernando, que também é responsável pelo caso e no momento estou no Fórum de
Petrolina, aguardando que algum juíz me receba e me dê algum posicionamento”,
relatou Lucinha.
Lucinha disse ainda que ficará em greve de fome até que o mandado de busca
e apreensão seja expedido. “Em janeiro deste ano estive em Recife, onde falei
com o Presidente do Tribunal, Dr. Adalberto. Ele me garantiu que daria
prioridade ao caso Beatriz. Pois bem, agora eu quero vê se realmente o caso
Beatriz é o número um do estado de Pernambuco ou é somente balela, enrolação
que eles querem fazer. Eu não vou sair daqui do Fórum. Estou fazendo greve de
fome. Estou nas mãos do Tribunal de Pernambuco”, finalizou.
Prisão preventiva
O TJPE decretou a prisão preventiva de Alisson Henrique em 12 de dezembro
de 2018. O ex-prestador foi indiciado por falso testemunho e fraude processual.
O mandado de prisão entrou para o banco nacional de Justiça do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ).
A prisão foi decretada após o pedido da delegada Poliana Nery, que está a
frente do caso, ter sido negado pela Juíza Elane Brandão, do Tribunal do Júri
da Comarca de Petrolina, contrariando também parecer do Ministério Público do
Pernambuco (MPPE). O TJPE aprovou o pedido de prisão preventiva por 2 votos a
1, após acatar o recurso do MPPE.
Alisson não se entregou e foi declarado como foragido da justiça. O disque
denúncia de Pernambuco passou a oferecer uma recompensa no valor de R$ 10 mil,
para quem ajudasse a localizar o suspeito.
Envolvimento
Em dezembro, em conversa com o PNB, a delegada informou que Alisson
Henrique circulou no colégio na noite do dia 4 de janeiro de 2016, acompanhado
de mais dois funcionários do colégio (Carlos André, administrador, e
Loraíldes), quando as imagens foram apagadas. Toda a movimentação destas três
pessoas estão registradas em vídeos. Em um deles, Alisson aparece entrando na
sala de monitoramento do colégio.
O caso Beatriz Mota, que já passou pelas mãos de quatro delegados, é um
desafio para a Segurança Pública de Pernambuco, que já o considerou como “caso
número um” a ser elucidado no estado.
O crime
Beatriz Angélica foi assassinada em 10 de dezembro de 2015, com 42 facadas
durante a festa de formatura de sua irmã mais velha, no Colégio Maria
Auxiliadora. A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às
21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta da mãe e vai até o
bebedouro do colégio. Após perceberem o sumiço da criança, os pais desesperados
começaram a procurá-la, até que minutos depois, o corpo da menina foi
encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo. (Via: Portal Preto No Branco)
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