O governador Paulo Câmara
oficializou, na tarde desta sexta-feira (05.07), um termo de cooperação técnica
com a Organização Pan-Americana de Saúde – organismo da Organização Mundial da
Saúde (OPAS/OMS). O acordo, cuja duração será de cinco anos, podendo ser
prorrogado por mais cinco, prevê metas e ações para a redução da taxa de
mortalidade materna e prevenção do câncer de colo de útero. Ao todo, o
investimento na estratégia é de R$ 5,5 milhões.
Câmara falou sobre as dificuldades nos avanços da saúde pública no Brasil,
o que segundo ele faz com que estados e municípios tenham que buscar
alternativas que garantam atendimento à população e destacou a atuação da
OPAS/OMS, frisando que o conhecimento da organização ajudará o Estado a atingir
as metas almejadas.
A atuação da OPAS/OMS contará com consultores internacionais e nacionais
que apoiarão os processos de transferência de experiências e conhecimentos, e
irão capacitar profissionais e gestores pernambucanos em todas as regiões do
Estado. O projeto será dividido em três módulos que ocorrerão paralelamente:
diagnóstico, intervenção e monitoramento.
Metas – Com a meta de reduzir a taxa de
mortalidade materna para 35 óbitos por cem mil nascidos vivos até 2022, o
acordo propõe diversas ações. Entre elas, a capacitação para melhorias em toda
a rede de maternidades, com aumento da qualidade e oferta do pré-natal e
promoção da vinculação obstétrica, que terá início pela I Macrorregional de
Saúde – que engloba a RMR, zonas da Mata Norte e Sul e o Agreste Setentrional –
e a IX Geres, que tem sede em Ouricuri, respectivamente; estudo sobre o
itinerário das gestantes para qualificar o mapa de vinculação obstétrica; e a
capacitação de 2 mil profissionais das redes básicas de saúde sobre
planejamento reprodutivo e métodos contraceptivos de longa duração, tendo como
meta atingir 2% de dispositivos intrauterinos (DIU) inseridos em mulheres em
idade fértil nos próximos 4 anos.
Já as metas para prevenção ao câncer de colo do útero, doença que vitima
em torno de 300 pessoas por ano em Pernambuco são, por meio das intervenções,
melhorar os atuais indicadores e atingir, até 2022, cobertura mínima de 80% nos
grupos prioritários da vacina contra o HPV; aumentar a cobertura do exame
citopatológico nas mulheres na idade preconizada (25 a 64 anos) para 80%; além
de garantir a oferta dos serviços de colposcopia (exame que identifica lesões
que podem evoluir para o câncer de útero); e o tratamento das lesões
precursoras do câncer de colo através da cirurgia de alta frequência (CAF) para
todas as mulheres com indicação médica.
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