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sexta-feira, 12 de julho de 2019

Secretario de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes lança licitação para reforma do antigo Batalhão de Floresta, no Sertão


A Secretaria de Turismo e Lazer do Estado de Pernambuco lançou nessa quinta-feira (11) no Diário Oficial um aviso de licitação (Processo nº 002/2019) para a realização da reforma do antigo Batalhão de Floresta, no Sertão de Pernambuco.

O Processo nº 002/2019 define a realização de uma sessão no dia 12 de agosto de 2019 para recebimento de propostas e a escolha da empresa de engenharia que tiver o menor preço. A empresa contratada ficará responsável pela execução da reforma para a implantação de um centro cultural no edifício da antiga Força Pública (Batalhão), e construção de um teatro anexo, no município de Floresta.


Para a execução da obra serão disponibilizados R$ 3.113.129,33, os quais foram conseguidos pelo deputado estadual Rodrigo Novaes, atual Secretário de Turismo e Lazer.


Sobre o Batalhão

A edificação da antiga Força Pública de Floresta (ou “Batalhão”) foi construída por volta de 1912, a fim de abrigar um Seminário. Quando de sua criação, recebeu o 1° bispado de Floresta e primaz do Brasil, o Bispado do Sertão de Pernambuco. No entanto, o uso religioso permaneceu por pouco tempo na edificação, uma vez que, devido à saúde frágil do novo bispo, foi necessária, em 1918, a transferência da Diocese para Pesqueira, detentora de clima mais ameno. Em 1920 a edificação foi adquirida pelo capitão Antônio Davi Gomes Novaes, mas permaneceu sem uso.

No final de janeiro de 1928, graças ao imenso prestígio junto ao governador, Theóphanes conseguiu a compra do prédio em Floresta que serviria de Quartel para o 3º Batalhão. Dessa forma, em 05 de julho de 1928, o Estado de Pernambuco adquiriu o imóvel de dois pavimentos, que foi utilizado primeiramente pelo Grupo de Engenharia da Polícia Militar, que o reformou e o finalizou para, posteriormente, abrigar o 3° Batalhão da Força Pública. Tal quartel funcionou de 16 de novembro de 1928 a 17 de dezembro de 1930, marcando de forma incisiva a história local.

Para aquartelar a tropa da Força Pública, locada anteriormente no Forte das 05 Pontas, no Recife, a edificação recebeu os devidos melhoramentos e adaptações. Assim, Floresta passou a ser a primeira cidade sertaneja a sediar batalhão de forma que a unidade que se destinava a combater o cangaço e o prédio que o abrigou, virou símbolo na cidade.

Tal unidade policial-militar deixou Floresta, no dia 17 de dezembro de 1930. Com o recolhimento do Comando daquele Batalhão ao Recife, o Sertão perdeu o centro decisório do combate ao canganceirismo, e Floresta ficou sem a tropa que, além de dar combate ao crime, já mantinha relacionamento amistoso com civis.

Após a Revolução de 1930, com combates dentro e fora do edifício, o mesmo é desativado em 1935. O prédio passou a pertencer, em regime de comodato, à Paróquia de Floresta, que por sua vez, o cedeu à professora Lindaura Gomes de Sá para instalar no imóvel o Pensionato da Divina Providência acolhendo moças oriundas de distritos vizinhos que vinham estudar na sede do Município.

Em 1950 fez-se necessária a construção de um espaço anexo, perpendicular ao corpo original, destinado a abrigar as oficinas de tecelagem e corte/costura. Em 1970 “o Pensionato foi fechado e o edifício permaneceu sem função cerca de vinte anos”.

Já nos anos 90, o edifício abrigou a Fundação Educadora Lindaura Gomes de Sá, a sede do Grupo de Alcoólicos Anônimos de Floresta, uma barbearia, um depósito de materiais diversos pertencentes a um particular, além das famílias e crianças carentes.

Em 2001, após forte chuva, ocorreu o desmoronamento total da fachada lateral esquerda e parcial das fachadas frontal e posterior, passando o prédio em 2012, por obras emergenciais financiadas pela Fundarpe, quando recebeu escoramento e coberta suplementar. (Via: Blog do Elvis/NE10/Com informações da Secretaria Estadual de Turismo - Setur)

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