O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou o vídeo do discurso de abertura na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizado na manhã desta terça-feira (21/9), em Nova York, e afirmou que suas palavras expuseram “verdades que desesperam grande parte da já conhecida imprensa e a esquerda”.
Durante
fala no evento, o chefe do Executivo brasileiro usou dados distorcidos para
exaltar a política ambiental de sua gestão e o desempenho da economia diante da pandemia
de coronavírus.
O
mandatário também voltou a defender o tratamento precoce contra a Covid-19, que
consiste no uso de medicamentos sem eficácia cientificamente comprovada contra
a doença.
“Desde
o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento
precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. Eu mesmo
fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico/paciente
na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off-label [fora do que prevê a bula]. Não entendemos por que
muitos países, juntamente com grande parte da mídia, colocaram-se contra o
tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”,
disse Bolsonaro.
Vacinação
O
presidente ainda falou em uma “ameaça socialista” e frisou que não é a favor da
exigência de comprovação de vacinação contra a Covid-19. Bolsonaro está apto a
receber o fármaco contra a doença desde abril deste ano, mas vem afirmando que
só fará isso após o último brasileiro ser imunizado.
“Todo
mundo já tomou vacina no Brasil? Depois que todo mundo tomar, eu vou decidir
meu futuro”, pontuou o chefe do Executivo federal, na quinta-feira (16/9), em
transmissão pelas redes sociais.
Segundo
levantamento feito pelo Metrópoles, Bolsonaro está entre os 60 chefes de governo dos países
integrantes da ONU que não informaram, oficialmente, se foram vacinados contra
a Covid-19.
Durante
encontro de Jair Bolsonaro com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris
Johnson, na segunda-feira (20/9), o britânico saiu em defesa da imunização da
população mundial e recomendou a vacina da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19. No Brasil, o fármaco é produzido pela Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz).
“É uma
ótima vacina. Eu tomei AstraZeneca. Obrigado, pessoal. Tomem vacinas da
AstraZeneca! Eu tomei duas vezes”, disse o premiê. A declaração foi divulgada
pela agência Reuters.
Na sequência, Bolsonaro aponta o dedo para si e, aos risos, assinala que ainda não foi imunizado contra a doença. “Ainda não”, declarou o chefe do Executivo brasileiro. (Via: Metrópoles)
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