Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) divulgar uma nota em que recua dos discursos antidemocráticos proferidos nos atos de 7 de setembro, os agentes econômicos responderam imediatamente, e de forma positiva. A bolsa de valores, que havia despencado na quarta-feira (09) e seguia patinando nesta quinta (9/9), disparou para uma alta de 2,6%.
Na leitura do mercado, o alívio entre os Poderes era a única
forma de reduzir o estresse da curva de juros e impedir o derretimento dos
indicadores econômicos. Em uma manifestação pública a respeito da crise
institucional, Bolsonaro colocou panos quentes sobre o inflamado último
discurso e disse que não teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos
Poderes” e justificou que suas palavras, “por vezes contundentes, decorreram do
calor do momento”.
A resposta à
declaração foi uma reviravolta do mercado, e a disparada de 3 mil pontos no fim
do dia na bolsa de valores, para encerrar o pregão muito próximo de 116 mil
pontos.
“Esse tipo de movimento do governo que anima o
mercado e de fato reduz o excesso de risco que está na curva [de juros]. De
qualquer forma, isso não impede que a curva permaneça em níveis altos, pois
tivemos um resultado acima do esperado pelo IPCA”, afirma o economista da Clear
Corretora, Rafael Ribeiro.
O salto da inflação, desde o começo do ano,
chegou a 5,67%, a maior taxa para o período desde 2015, segundo dados
divulgados nesta quinta-feira (9/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Alguns itens essenciais para o dia a dia dos
brasileiros se destacaram, por serem produtos cujo preço subiu além da média,
como os combustíveis.
A influência sobre essas altas pode ser
explicada, em sua maioria, pela seca, que é a pior enfrentada pelo país dos
últimos 91 anos. Outro fator importante, porém, destaca-se: a desvalorização do
real frente ao dólar, que tem impacto direto sobre o preço da gasolina
e do diesel. (Via: Metrópoles)
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