Em meio à escalada da violência política do país, com a morte de um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por um bolsonarista, o presidente Jair Bolsonaro (PL) radicalizou o discurso contra o PT e disse que varrerá o partido para o lixo da história.
Em ato político na tarde desta sexta-feira (9) em Araguatins, cidade do norte do Tocantins, o presidente destacou a redução dos preços dos combustíveis e afirmou que os senadores da bancada do PT votaram contra a redução da alíquota do ICMS pelos estados.
"Essa praga sempre está contra a população. Esse pessoal não produz nada, só gera desgraça para o povo brasileiro. Com essa nossa reeleição, [...] varreremos para o lixo da história esse partido dito dos trabalhadores, mas na verdade é composto por desocupados", afirmou.
A frase do presidente remete a Leon Trótski, intelectual marxista que teve papel importante na Revolução Russa.
Trótski fez discurso com frase similar para outras correntes socialistas que se opuseram ao golpe bolchevique e propunham algum tipo de acomodação.
"Aqui o acordo de nada vale! Aos que se apresentam com tais propostas, devemos dizer: sois lamentáveis isolados, sois uns falidos, vosso papel aqui acabou, voltai ao lugar onde vossa classe se encontra para sempre: a lata de lixo da história!".
O presidente Jair Bolsonaro voltou a tratar a disputa eleitoral como uma luta "do bem contra o mal" e colocou a pauta de costumes no centro do seu discurso, com acusações aos adversários.
"Não podemos errar, sabemos que é uma luta do bem contra o mal. O lado de lá quer o comunismo, quer desarmar o povo de bem do Brasil, quer a ideologia de gênero, quer liberar as drogas, quer legalizar o aborto e não respeita a propriedade privada, tampouco a nossa família", afirmou.
No restante do discurso, o presidente falou da pauta econômica, citando a redução do preço dos combustíveis, o reajuste do valor do Auxílio Brasil. Também voltou a repetir que não houve corrupção em seu governo, a despeito das investigações em curso envolvendo seus familiares e ex-ministros.
Em nenhum momento, o presidente fez referência ao tema da violência política nem comentou sobre o assassinato de um apoiador de Lula em Confresa (a 1.160 km de Cuiabá).
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