O ministro da Justiça, Flávio Dino, endureceu o discurso contra apoiadores do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL). No Twitter, o socialista chamou os bolsonaristas de “arruaceiros” e disse que grupos extremistas não vão mandar no Brasil.
As publicações de Dino foram feitas logo após registros de violência na carreata bolsonarista realizada em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (07). Em um dos episódios, uma mulher foi agredida com socos e empurrões, quando saía de um supermercado.
“Depois do registro da ocorrência policial, sugiro o envio ao Ministério Público, que certamente vai atuar contra arruaceiros nas suas cidades. Sobre crimes federais, estamos tomando todas as providências, inclusive na manhã deste sábado”, escreveu.
Flávio Dino recomendou ainda que as pessoas agredidas em "atos políticos" devem registrar boletins de ocorrência em delegacias da Polícia Civil, de preferência com imagens. “Reiteramos que liberdade de expressão não abrange agressões físicas, sabotagens violentas, golpismo político etc. Recomendo que pessoas agredidas procurem imediatamente Delegacias da Polícia Civil para registro da ocorrência, se possível com imagens”.
Apoiadores de Bolsonaro realizam protestos desde o fim do 2º turno, insatisfeitos com o resultado das urnas, em 30 de outubro. Caminhoneiros interditaram e bloquearam rodovias federais pelo país. Em Brasília, bolsonaristas montaram acampamento na Praça dos Cristais, localizada no Setor Militar Urbano, em frente ao Quartel General do Exército. Durante ato em 20 de novembro de 2022, pediram por intervenção militar.
Ainda de acordo com o ministro, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) irão tomarb novas providências sobre os atos antidemocráticos. “Desde cedo, eu e os diretores gerais da PF e da PRF estamos em diálogo e definindo novas providências sobre atos antidemocráticos que podem configurar crimes federais. Vamos manter a sociedade informada. Pequenos grupos extremistas não vão mandar no Brasil”, escreveu.
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