O príncipe Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita, teria agraciado a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, com joias avaliadas em aproximadamente R$ 16,5 milhões. O governo Jair Bolsonaro (PL) até tentou trazer os regalos de forma ilegal para o Brasil, mas os objetos foram apreendidos em outubro de 2021 por agentes da Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
O homem que quis agradar a ex-primeira dama tem 37 anos. Sobre suas costas dezenas de denúncias, entre elas a de mandar esquartejar um jornalista crítico da monarquia saudita, visto pela última vez entrando no consulado do seu país em Istambul, na Turquia, onde foi cumprir um trâmite burocrático.
O rei Salman bin Abdulaziz nomeou o filho como príncipe herdeiro em 2017. A imprensa internacional diz que a mãe, a princesa Fahda bint Falah, teria dito que o filho ainda não estaria preparado para governar o país, comentário que deixou Mohammed contrariado. Desde então, ela vive enclausurada num pequeno palácio e é impedida de manter contato com o marido, que sofre de Alzheimer.
O colar, anel, relógio e um par de brincos enviados pelo príncipe a Michelle foram encontrados dentro da mochila de um militar, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O ex-ministro é apontado como responsável por negociar a entrada ilegal de um segundo pacote de joias que teria sido entregue à Presidência da República.
Em 2019, Bolsonaro sofreu críticas ao decidir fazer uma visita oficial ao príncipe, na Arábia Saudita. À época, o ex-presidente disse à imprensa brasileira que tinha “afinidade” com o ditador. “Todo mundo gostaria de passar uma tarde com um príncipe. Especialmente vocês mulheres, né?”, disse.
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