O mandante do homicídio de Rodrigo Gama, personal trainer assassinado em 2023 dentro de uma academia de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, se entregou a polícia. O homem foi identificado por Genilson Lino da Silva, conhecido como "Perna". A prisão aconteceu na tarde da sexta-feira (19), na cidade de Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul.
De acordo com informações confirmadas pela Polícia Civil, o homem estava com mandado de prisão em aberto em homicídio e passagens pela polícia por crimes de tráfico de drogas e estelionato.
A Polícia Militar do MS foi acionada na tarde da sexta por comerciantes de um centro comercial que fica na Avenida Marinha. No local, Genilson disse que queria se entregar.
Ao fazer a consulta no Banco Nacional de Mandados de Prisão, foi constado que Genilson tem uma ordem judicial por condenação transitada em julgado de 70 anos, dois meses e 15 dias em regime fechado por tráfico, porte ilegal de arma de fogo, roubo e associação criminosa.
As investigações da Polícia Civil de Pernambuco apontaram que a morte de Rodrigo Gama foi “encomendada” pelo mandante porque recebeu uma reclamação do personal por filmar alunas treinando na academia.
Um inquérito policial apresentado pelo delegado Bruno Vital, diretor da Dinter 1, revelou que Rodrigo chamou Genilson em particular para chamar atenção dele pela conduta.
"General do Crime" da Bahia
Genilson também era conhecido como "General do Crime" ou "Perna". De origem da Bahia, já cumpriu pena na prisão entre os anos de 2005 e 2018 e era considerado o preso mais perigoso do Estado.
Genilson era chefe de uma organização criminosa voltada pratica de tráfico de drogas, roubos e homicídios. Foi alvo de CPI do Congresso Nacional no ano de 2009 por comandar os presídios do Estado da Bahia.
Em 2008, ele havia sido transferido do Presídio Lemos Brito, em Salvador, para Catanduvas, no Paraná. A prisão dele ocorreu porque durante uma operação no presídio da capital baiana, no mesmo ano, Perna foi surpreendido, com duas pistolas carregadas e R$ 280 mil, na própria cela. Entre outras regalias, o traficante tinha uma cópia da chave da cela onde ficava. (Via: G1)
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