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terça-feira, 3 de março de 2020

No limite das receitas, negociação com polícia é desafio do Governo de PE


Diferentemente do estado do Ceará onde a questão financeira foi superada pela disponibilidade de recursos foi superada e o motivo da greve foi à exigência de antecipação do pagamento do reajuste o que gerou o motim encerrado na última segunda-feira, a situação do caixa do governo de Pernambuco não permite a concessão de reajustes de maior percentual uma vez que ano passado o Estado, superou o limite prudencial de gastos com pessoal previsto da Lei de Responsabilidade Fiscal ficando em 46,91% acima dos 46,77% permitidos.

A bem da verdade, fazem oito anos que Pernambuco fica acima dos limites recomendados pela LRF, mas este ano além do controle dos gastos, o governo do Estado trabalha num projeto de ajustar as contas de maneira geral de forma a que ano que vem possa ser autorizado a poder fazer novos empréstimos e o controle de gastos com pessoal é uma das exigências do Governo Federal para o ajuste.

Esse é um problema que o Estado do Ceará não tem porque suas despesas com pessoal estão abaixo dos limites da LRF, mas no caso de Pernambuco se não se adequar na questão de pessoal o governo Paulo Câmara pode colocar todo o projeto em risco.

Esse é um elemento na negociação marcada para próximo dia 11 data em que Policiais e Governo deverão se reencontrar depois que a categoria suspendeu uma possível greve antes do Carnaval.

O grande entrave de Pernambuco é que a despeito de vir contratando mais policiais, as polícias de Pernambuco como de outros estados, vem sofrendo com o fenômeno do “concurseiro”. E quando o policial recém incorporado deixa a corporação por ter sido aprovado num outro concurso ou se forma numa profissão melhor remunerada reduzindo o quadro.

Na verdade, Pernambuco foi um dos poucos estados que está contratando policiais civis e militares, mas além do “concurseiro” que deixam o serviço público existe o fenômeno da aposentadoria de servidores. No ano passado, as despesas com aposentados custaram R$ 9,1 bilhões contra R$ 11,5 bilhões.

A negociação com a polícia é um processo que vem acontecendo todos os anos com níveis de estresse altos sempre com o argumento de que o caixa não suporta maiores reajustes. Uma outra característica de Pernambuco é não aceitar como fizeram Minas Gerais e agora o Ceará fechar negociações por mais de um ano devido ao risco de novas pressões. Para contornar isso, o governo de Pernambuco instituiu uma mesa permanente, onde vai acontecer a próxima negociação no próximo dia 11. (Por Fernando Castilho/JC)

Blog: O Povo com a Notícia