O Governo Federal vai implantar um programa econômico para custear a
folha de pagamento das pequenas e médias empresas - aquelas com faturamentos
entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões - para minimizar o impacto da crise gerada
pelo novo coronavírus. O plano no valor total de R$ 40 bilhões prevê o
financiamento de dois meses de vencimentos no valor máximo de até dois salários
mínimos.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, prevê que cerca de 1,4
milhão de empresas podem ser beneficiadas com a medida e garantiu que o valor
será repassado com "zero stress". Ou seja, serão depositados
diretamente na conta dos trabalhadores. Por estes dois meses, pagos pelo
Governo, a empresa fica proibida de demitir os funcionários.
O valor será repassado com a taxa de 3,75% ao ano às empresas, que vão
ter seis meses de período de carência e depois 36 meses para pagar o
empréstimo.
Os recursos do Tesouro serão operacionalizados pelo BNDES, de acordo com
o presidente Gustavo Montezano. O montante será repassado pelo BNDES aos bancos
privados, que vão precisar desembolsar 15% dos próprios cofres. O Banco Central
fica com a obrigação de supervisionar estas operações.
Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (27), o presidente da
Caixa Econômica, Pedro Guimarães, também falou do empenho da instituição para
auxiliar a economia em meio à pandemia. Ele disse que já está tudo encaminhado
para a liberação do auxílio no valor de R$ 600 para os trabalhadores informais,
que são alguns dos mais prejudicados pelo isolamento e esvaziamento das ruas.
"O Senado tem que aprovar e tem que ter o decreto. A Caixa, como
sempre, realizará pelas agências, lotéricas e celular, a grande maioria desse
pagamentos. Vamos entregar outras medidas, mas o central é continuar reduzindo
juros, aumentando prazo para pagamento e dando liquidez para a economia",
assegurou.
Pedro Guimarães comunicou também a redução no juros de cheque especial,
que até então era cobrada uma taxa de 14% ao mês. Agora, a porcentagem reduziu
para 2,9%.
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