Depois de sair às ruas do
Distrito Federal no último domingo (29), contrariando as recomendações de
isolamento social do ministério da Saúde para conter a disseminação do novo
coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro questionou se o problema é o
coronavírus, ou o seu governo.
A resposta vem em meio à uma queda-de-braço do Palácio do Planalto com
quase a totalidade dos governadores, que vem adotando medidas opostas às
defendidas por Bolsonaro. Um dos protagonistas nessa recente briga é o
governador de São Paulo, João Dória (PSDB), que já foi acusado pelo próprio
presidente de já estar cavando lugar nas eleições de 2022.
“Vamos enfrentar o problema? Ou o problema é o presidente? Tem que
trocar de presidente e resolve tudo?”, perguntou.
De acordo com informações do O Globo, Bolsonaro equiparou o desemprego ao
coronavírus e afirmou que ambos precisam ser “tratados juntos” para atenuar a
crise.
“Vocês acham que morrerão gente com o passar do tempo? Vai morrer gente.
Nós temos dois problemas: o vírus e o desemprego. Têm que ser tratados juntos,
e com responsabilidade”, declarou.
Bolsonaro repetiu que a fragilidade econômica pode resultar em mortes por
suicídio no futuro, decorrentes de pessoas depressivas com a dificuldade de
trabalhar.
“ Se o emprego continuar sendo destruído da forma como está sendo,
mortes virão, outras, por outros motivos, depressão, suicídio, questões
psiquiátricas. Um pai, que chega em casa ou que está em casa e um filho pede um
prato de comida e ele não tem, ele, que tem vergonha na cara, começa a se
julgar responsável pelo que está acontecendo. E vai à luta. Até um animal vai à
luta para trazer sustento para seus filhos, o ser humano não é diferente”,
explica. (Via: Agência Brasil)
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