Moradores de localidades do Cariri, onde estão sendo realizados serviços da Transnordestina, estão se sentindo prejudicados, por conta das dificuldades em relação ao tráfego nas áreas. O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ações de minimização dos problemas ocasionados pela obra.
O documento foi destinado recentemente à Concessionária Transnordestina Logística, por conta dos transtornos gerados no fluxo de pessoas, devido à obra da Ferrovia. Segundo o MPF, a execução dos trabalhos, no trecho de Missão Velha (CE) a Salgueiro (PE), impossibilita os moradores de Brejo Santo (CE) de se locomoverem livremente, devido à inexistência de acesso provisório no local. A recomendação, do procurador da República Celso Costa Lima Verde Leal, sugere que em 30 dias seja iniciada a solução do caso e, em 60 dias, a conclusão de todas as ações destinadas a possibilitar o livre acesso à localidade Vila Verde Lagoa do Mato, em Brejo Santo (CE).
A recomendação foi expedida a partir da representação da Associação Comunitária Os Pequenos Agricultores de Brejo Santo. Para minimizar o problema, a Concessionária Transnordestina Logística informou que até a conclusão da solução definitiva, vai realizar manutenção do acesso provisório de forma a continuar possibilitando a passagem dos moradores da comunidade. Uma vistoria realizada pelo MPF constatou que até o momento não foi adotada nenhuma providência pela Concessionária. O orçamento total para a construção nos três estados, que era de R$ 4,5 bilhões em 2007, saltou para R$ 7,5 bilhões em 2013. Até janeiro, segundo o Ministério dos Transportes, já haviam sido liberados R$ 4,7 bilhões para o empreendimento. As obras entre Missão Velha-Pecém custariam inicialmente R$ 1,6 bilhão, mas a previsão atual é que sejam investidos R$ 2,1 bilhões, sendo que R$ 145 milhões já foram consumidos. A obra já teve paralisação em alguns dos seus trechos, dificultando a vida de moradores, como ocorreu entre Porteiras e Brejo Santo. (Diário do Nordeste)
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