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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Isolado após articulações de Lula, Ciro Gomes se diz 'o cabra marcado para morrer'


Isolado na corrida presidencial, Ciro Gomes, candidato do PDT, afirmou que sabia "bastante bem" que "era o cabra marcado para morrer". "Trabalham juntos, para me isolar, o PMDB, do Temer, o PSDB, do Alckmin, e o PT, do Lula", disse. Com críticas à legenda do ex-presidente, preso em Curitiba desde abril, Ciro foi o terceiro entrevistado do Central das Eleições, programa da GloboNews, nesta quarta (1º).

"A burocracia do PT não está pensando no país. Eles simplesmente não querem que eu seja o candidato que vá representar uma renovação do pensamento progressista brasileiro. Mas eu não sei se eles vão conseguir porque eles têm ai um negócio muito maravilhoso, que é o povo", disse Ciro, que reiterou ter apoiado Lula nos últimos 16 anos —"não faltei nenhum dia".

Pouco antes da entrevista, as cúpulas do PT e PSB decidiram sacrificar candidaturas estaduais em nome de um pacto nacional que levará ao isolamento de Ciro. Em meados de julho, após longo tempo de indefinição, a cúpula do centrão, então dividida entre apoiar o PSDB e o PDT, decidiu-se pelo candidato tucano. 

No programa, Ciro afirmou que acredita ser injusta a condenação de Lula, mas que também considera o comportamento do PT "hostil a sorte do povo brasileiro". 

"Virou baderna. Baderna, não, virou religião. Agora, o companheiro Stédile [líder do MST] chamou seis camaradas para fazer greve de fome. Vai lá, companheiro, morrer ai. Na minha opinião, isso não é política, é caudilhismo do mais barato", afirmou. 

Nesta terça-feira (31), manifestantes que pedem a libertação do ex-presidente Lula anunciaram o início de uma greve de fome em ato no STF (Supremo Tribunal Federal). Após lerem um manifesto, seis ativistas foram retirados da frente do prédio por seguranças da corte. 

Durante a entrevista, Ciro também se defendeu das críticas ao seu estilo verborrágico, mas admitiu que a postura pode prejudicá-lo. Questionado se o estilo teria criado uma.

"Eu não sou candidato a madre superior do Brasil, eu sou candidato a presidente do Brasil", disse após insistentes perguntas sobre seu temperamento. (Via: Folhapress)

Blog: O Povo com a Notícia