Fontes locais do PT informaram,
nesta manha de quarta-feira, que o partido local já foi informado que a
candidatura da vereadora Marília Arraes foi rifada.
Nesta quarta-feira, em Brasília, a Executiva Nacional do PT aceitou a
realização de uma aliança com o PSB, de Paulo Câmara e Geraldo Júlio.
O comando do partido aceitou como entendimento entre os dois partidos a
tese da neutralidade do PSB nestas eleições.
O PT havia exigido que o PSB nacionalmente aceitasse uma aliança com o PT
de Lula, mas as divisões internas do partido, em favor de Ciro Gomes, em alguns
estados, impediu a união. Aqui, Paulo Câmara defendia o voto em Lula. Em São
Paulo, o governador Márcio Franca pedia a neutralidade, facilitando que as
costuras estaduais.
“A decisão já foi tomada pela Executiva Nacional. Estamos esperando apenas
a resolução (formal neste sentido)”, informa uma fonte do blog.
Luciana Santos na vice de Paulo Câmara, no mesmo acordo com PT Nacional
Nestas negociações entre o PT e o PSB, o PC do B de Luciana Santos também
jogaria um papel relevante, indicada para o cargo de vice na chapa de Paulo
Câmara.
Não se trata de ação isolada. No plano nacional, defendendo a mesma tese
da neutralidade, o PC do B retiraria a candidatura da comunista Manuela Dávila
e a indicaria como vice na chapa do PT.
Deste maneira, o PT trabalha para isolar Ciro Gomes, do PDT. Com as
pesquisas internas indicando que um candidato do PT indicado e apoido por Lula
teria mais votos, de partida, do que o nome de Ciro Gomes, o PT Nacional
resiste a abrir mão da cabeça de chapa para o presidenciável de Carlos Lupi.
A decisão da Executiva Nacional ocorre um dia antes que o partido em
Pernambuco realizaria sua convenção, justamente para definir os rumos
possíveis.
Movimento já esperado: Não se trata de exatamente uma novidade, pois o movimento do PT nacional
era esperado.
Na segunda-feira, em São Paulo, dirigentes do PT disseram, durante reunião
do Conselho Consultivo do partido, que os petistas não negociam mais uma
coligação nacional com o PSB.
O objetivo do PT, agora, era evitar que o PSB se alie formalmente a Ciro
Gomes (PDT), e liberasse suas lideranças estaduais para apoiar o candidato a
presidente que considerem melhor.
A negociação passava por acordos entre PT e PSB em Pernambuco e Minas
Gerais. Em Pernambuco, o PT forçaria justamente a saída de sua pré-candidata, a
vereadora Marília Arraes, abrindo caminho para a candidatura à reeleição do
governador Paulo Câmara (PSB). Em Minas, seria o inverso.
O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) abandonaria a
disputa, em favor do petista Fernando Pimentel, que concorre à reeleição.
O PT já havia adido duas vezes o encontro nacional que iria definir a
posição do partido em Pernambuco em nome das negociações com o PSB.
Segundo petistas pernambucanos, Marília Arraes teria hoje a maioria do
diretório estadual.
No domingo, o PSB vai decidir entre uma coligação com os petistas, apoio a
Ciro Gomes ou liberar as lideranças estaduais. O governador de São Paulo,
Márcio França (PSB), defende uma candidatura própria, mesmo que seja para
perder a eleição. França não quer abrir mão do tempo do partido no horário
eleitoral da TV, mas é minoria.
“Não discuti isso (acordo regional envolvendo Lacerda) com ninguém. O PT
condicionou a retirada da Marília a um acordo nacional”, afirmou Carlos
Siqueira, presidente do PSB, no começo da semana, no Estadão. (Via: Blog do Jamildo)
Blog: O Povo com a Notícia