O Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) pode cassar o tempo de TV do PT, previsto para ir ao ar a partir do dia
31, até que o partido indique o substituto de Lula caso ele seja impugnado
nessa data, de acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São
Paulo. A tese, no entanto, divide a corte.
A publicação revela que um dos ministros ouvidos pela coluna afirma que
apenas as legendas que têm candidato a presidente podem dispor de tempo para
fazer propaganda eleitoral. Se o PT, depois de uma sentença impedindo Lula,
recorrer e insistir com o nome dele, deve ficar fora do ar até oficializar o
plano B. A insistência da legenda, diz o magistrado, não pode “virar fraude”.
Ainda de acordo com a colunista, outros ministros acham a tese discutível.
Eles argumentam que o tempo é das agremiações partidárias e que elas fazem com
ele o que quiserem.
A coluna revela também que advogados temem que o TSE casse o programa — o
que obrigaria Lula a jogar logo a toalha e a sacramentar o substituto. A TV é
considerada essencial para que o partido tenha competitividade eleitoral. Eles
lembram que, há quatro anos, quando o então presidenciável Eduardo Campos
morreu, o PSB seguiu com sua propaganda no ar — mesmo antes de Marina Silva ser
oficializada no lugar dele.
O partido, segundo a publicação, está apreensivo com a possibilidade de o
ministro Admar Gonzaga ser indicado relator do caso, por já ter julgado outros
pedidos de impugnação de Lula. A ideia é sustentar o impedimento dele,
considerado voto certo contra o petista.
Blog: O Povo com a Notícia