O juiz Liciomar Fernandes da
Silva, ao determinar a prisão de João de Deus por posse ilegal de arma de fogo,
afirmou que as investigações apontam que o médium “chefia uma organização
criminosa que atua principalmente na cidade de Abadiânia”, no Entorno do
Distrito Federal. As informações são do site G1.
O investigado, acusado de abuso sexual por centenas de mulheres que o
procuraram para tratamento espiritual, foi indiciado por um caso e está preso
desde o último dia 16 de dezembro. Ele nega os crimes.
Em nota enviada ao site, o advogado do médium, Alberto Toron afirmou, em
nota que o "juiz fez uma afirmação grave e sem qualquer base empírica.
Essa é a verdade".
Nota da defesa de João de Deus:
1. É deplorável que
profissionais da imprensa tenham acesso à decisão e os advogados do
investigado, não!
2. A
decretação da nova prisão preventiva, além de desnecessária, pois o investigado
já está preso, se mostra inidônea porque calcada no desejo de calar o clamor
público contra a impunidade. A jurisprudência de nossos tribunais é pacífica no
sentido de que a prisão preventiva não se presta a punir sem processo e sem
defesa. Prisão preventiva serve para tutelar os interesses cautelares do
processo, coisa que não se demonstrou.
3. A nova
busca e apreensão foi determinada com base em denúncia anônima e foi genérica,
o que é inadmissível. Mais: não se lavrou Auto de Apreensão no local como manda
a lei. Portanto, a diligência é írrita.
Alberto
Zacharias Toron, advogado
Blog: O Povo com a Notícia
Via: Folhapress
Via: Folhapress