O secretário de Estado americano, Mike
Pompeo (foto), mandou um recado nesta terça-feira (30), ao líder venezuelano
Nicolás Maduro: “Ligue o motor do avião e parta o mais rápido possível.” À
imprensa, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos comentou que
Maduro tinha seu avião pronto no aeroporto para fugir para Cuba. Na última
hora, porém, o presidente russo, Vladimir Putin, o teria convencido a não
escapar.
As
consequências de ter ouvido o russo serão mais graves, se o venezuelano tentar
resistir, emendou Pompeu, que repetiu afirmações anteriores de seu colega John
Bolton, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca. Pouco antes, Bolton
afirmara que importantes aliados de Maduro estavam convencidos da necessidade
de ele renunciar.
Durante
uma entrevista à rede de televisão CNN, porém, Pompeo não quis responder se os
Estados Unidos iam garantir o espaço aéreo do avião de Maduro em seu trajeto a
Cuba. Por várias vezes, repetiu: “O senhor Maduro sabe quais são nossas
expectativas.” E concluiu não haver mais saída para uma permanência negociada
do líder bolivariano na Venezuela.
Reflexo lento
Para
um governo tão pró-ativo na causa da oposição venezuelana, a reação lenta de
Washington à aparição de Juan Guaidó ao lado do recém-libertado preso
político Leopoldo López surpreendeu. Repórteres acostumados aos briefings
diários de Elliott Abrams, o enviado especial para a Venezuela, não tiveram
contato com ele até o meio da tarde desta terça-feira, quando apenas confirmou
as declarações do assessor de Segurança Nacional de Donald Trump.
Bolton
insinuou que três aliados de Nicolás Maduro teriam concordado com a oposição
sobre a necessidade de retirar o ditador venezuelano do poder, mas não
cumpriram a promessa. Referiu-se especificamente ao ministro da Defesa,
Vladimir Padrino, ao presidente da Suprema Corte, Maikel Moreno, e ao
comandante da guarda presidencial, Ivan Rafael Hernandez.
Mas o
assessor de Trump não explicou que sinais concretos teria sobre esse suposto
acordo. O próprio Vladimir Padrino foi à TV dizer que o levante incitado por
Guaidó tinha sido debelado, em um sinal de fidelidade ao governo vitorioso,
pelo menos momentaneamente.
No
fim da tarde, o presidente Donald Trump ameaçou Cuba pelo Twitter, escrevendo:
“Se tropas e milícias cubanas não CESSAREM imediatamente operações militares e
outras com o propósito de causar morte e destruição à Constituição da
Venezuela, um total e completo…embargo, junto com sanções em alto nível, vão
ser acionados sobre a ilha de Cuba. Espero que todos os soldados cubanos
retornem logo e pacificamente para sua ilha!”
Mas Trump pareceu bastante distraído com seus próprios problemas legais. Junto com os três filhos mais velhos e sua empresa, o presidente acionou legalmente dois bancos para impedir que eles entreguem ao Congresso documentos sobre as finanças da família no dia 6 de maio. (Via: Veja)
Blog: O Povo com a Notícia