Com mais uma redução, Pernambuco
acumula 18 meses consecutivos de recuo nos crimes contra a vida.
De acordo com a SDS, essa sequência só havia ocorrido uma única vez em
toda a história do Pacto pela Vida. A retração ocorreu em todas as regiões e 95
cidades não presenciaram assassinatos. Além disso, os feminicídios diminuíram
50%.
“Nos últimos 18 meses de quedas sucessivas, tivemos um total de 6.073
homicídios, contra 7.847 ocorridos no mesmo período antecedente (dezembro de
2016 a maio de 2018). Ou seja, temos um quantitativo significativo de 1.774
mortes a menos ou vidas salvas. Ter resultados compatíveis aos obtidos em uma
época de pleno emprego e maior capacidade de investimento por parte do Estado é
algo que motiva as forças de segurança e órgãos que integram o Pacto pela Vida.
Consolida um planejamento bem executado e um trabalho integrado e dedicado, mas
principalmente reduz as perdas do bem mais precioso: a vida. Ainda temos um
patamar elevado de mortes e é preciso, dia após dia, reforçar, expandir e
reinventar formas de conter e reprimir a criminalidade”, disse o secretário de
Defesa Social, Antonio de Pádua.
Maio de 2019 foi o 18º mês consecutivo de queda nos Crimes Violentos
Letais Intencionais em Pernambuco (CVLIs), com uma redução de 16%, quando
comparado com o mesmo período do ano anterior.
Essa sequência de declínios, iniciada em dezembro de 2017, só havia sido
alcançada uma única vez em toda a série histórica de 12 anos do Pacto pela Vida
(foi entre 2009 e 2011).
Maio teve 299 homicídios, contra 356 de maio de 2018. A diferença foi,
portanto, de 57 vidas poupadas. Quando se analisa os cinco primeiros meses
deste ano com o intervalo de janeiro a maio de 2018, a regressão chega a 22,7%
(caiu de 1.948 para 1.505).
CVLIS CAEM EM TODAS AS REGIÕES
Mais uma vez, as ações de descentralização da segurança pública fizeram
com que o declínio na criminalidade fosse sentido em todo o Estado. No mês
passado, o destaque ficou com o Agreste, onde se observou um recuo de 29,9% nos
homicídios. De 97, em maio de 2018, caiu para 68 casos, no mesmo mês de 2019. A
Zona da Mata vem logo em seguida, com -25%. Nesse território, ocorreram 54
mortes em maio último, contra 72 no mesmo período do ano passado. O Sertão, que
atingiu 8% de queda (37 para 34), e a Região Metropolitana do Recife (exceto a
Capital), com -3,9% (101 para 97), fecham a lista.
Já na soma dos cinco primeiros meses, o Agreste lidera a contenção dos
CVLIs juntamente com o Sertão, ambos tendo freado esse tipo de crime em 26%. No
primeiro, foram 518 notificações entre janeiro e maio de 2018, contra 380 no
mesmo período deste ano, enquanto o segundo terminou com 223 casos no ano
passado, contra 165 nos cinco primeiros meses deste ano. A Região Metropolitana
segue logo abaixo, com 26% de decréscimo: foram 576 crimes contra a vida em
2018, contra 440 no ano atual. Por fim, nos municípios da Mata, cuja redução
ficou em 19%, houve 368 homicídios no ano passado, contra 296, em 2019.
RECIFE
Na Capital, a queda dos crimes contra a vida nos cinco primeiros meses de
2019 chega a 14,8%. Ao todo, foram 224 ocorrências registradas neste ano,
contra 263 no mesmo período do ano passado. Quando levado em consideração
apenas o mês de maio, o recuo dos homicídios chega a 6%, saindo de 49 mortes em
2018 para 46 no ano corrente. Ainda no Recife, destaque para a Área Integrada
de Segurança 01 (AIS 01), que tem sede em Santo Amaro e reúne 11 bairros do
Centro. Com uma morte, a área teve o menor número mensal de homicídios em mais
de quatro anos, só perdendo para março de 2015.
ATIVIDADES CRIMINOSAS LIDERAM MOTIVAÇÃO DE CRIMES
Mais de dois terços dos CVLIs praticados em maio de 2019 têm relação com o
tráfico de drogas, acertos de conta ou outras atividades criminosas. Em números
absolutos, correspondem a 206 casos, ou 68,9% do total de crimes contra a vida
no mês. Nos cinco primeiros meses de 2019, o perfil dos homicídios se
assemelha: 1.039 homicídios tiveram essas causas, o que equivale a 69% das
ocorrências do período. Quanto à situação das vítimas perante a Justiça, 66%
não tinham sido submetidas ao sistema de jurisdição criminal, proporção que
passa para 68% no conjunto de janeiro a maio de 2019.
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