O presidente Jair Bolsonaro disse
nessa terça-feira (2) que, para incluir estados e municípios na
reforma da Previdência, é preciso que os governadores do
Nordeste e de esquerda votem a favor, mesmo que isso gere desgaste com suas
bases de apoio.
“Para entrarem estados e municípios, os governadores, em especial os do
Nordeste e de esquerda, têm que votar favorável. Até pouco tempo, eles queriam
que fosse aprovada a reforma com voto contrário deles para eles não terem
desgaste. Porque tem desgaste o parlamento, sim tem. Agora, há um sentimento dentro
do parlamento e fora também de que temos que mudar. Se não mudar, o Brasil vai
ter mais problemas econômicos pela frente do que já temos no momento”, disse.
Nos últimos dias tem ocorrido negociações entre equipe econômica, líderes
partidários e governadores para uma possível reinclusão de estados e municípios
na reforma da Previdência, ainda na comissão especial que trata do tema.
Pelo projeto enviado pelo governo federal, a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 6/19 da reforma da Previdência valeria automaticamente para
servidores dos estados e dos municípios, sem necessidade de aprovação pelos
legislativos locais, mas esse ponto foi retirado do parecer do relator.
Sobre reivindicações de militares em relação a regras diferenciadas de
aposentadoria, o presidente Bolsonaro disse que isso está em negociação e que
todo mundo vai ter sua cota de sacrifício.
Ministro do Turismo
Questionado por jornalistas se o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro
Antônio, permanece no cargo, Bolsonaro respondeu que é preciso haver uma
acusação formal contra ele para que se tome alguma providência. “Por enquanto
tenho 22 ministros sem problema. Tem que ter acusação grave, acusação com
substância. Por enquanto não tem nada contra ele ainda. Tem do assessor. Se o
assessor falar e for confirmado que ele tem participação, aí a gente toma
providência”, disse.
No dia 27 de junho, a Polícia
Federal (PF) deteve o assessor especial do Ministério do Turismo, Mateus Von
Rondon Martins, por suspeita de integrar um suposto esquema que
fraudava candidaturas eleitorais em Minas Gerais. Nessa segunda-feira (1°), o
assessor foi liberado pela polícia.
Outros dois ex-assessores do ministro do Turismo também foram presos em
caráter temporário nesta mesma operação. (Via: Agência Brasil)
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