O ministro da Justiça Sergio Moro
usou seu Twitter na manhã deste domingo (7) para comentar a nova reportagem
fruto da parceria entre o site The Intercept Brasil e o jornal Folha de São
Paulo. Os veículos apuraram que
integrantes da força-tarefa da Lava Jato se mobilizaram para expor informações
sigilosas sobre corrupção na Venezuela após receber uma sugestão do então juiz
federal da operação Lava Jato.
Moro ironizou a publicação e voltou a questionar a veracidade das
mensagens tornadas públicas. “Novos crimes cometidos pela Operação Lava Jato
segundo a Folha de São Paulo e seu novo parceiro, supostas discussões para
tornar públicos crimes de suborno da Odebrecht na Venezuela, país no qual
juízes e procuradores são perseguidos e não podem agir com autonomia. É sério
isso?”, escreveu.
Em 2016, a Odebrecht reconheceu ter pago propina para viabilizar negócios
em 11 países além do Brasil, incluindo a Venezuela. Contudo, as informações
fornecidas pela empresa e por seus executivos em regime de colaboração premiada
foram mantidas sob sigilo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O acordo fechado pela empreiteira e assinado com autoridades brasileiras,
norte americanas e suíças estabelece que estas informações só podem ser
compartilhadas com investigadores de outros países se estes garantirem que não
tomarão medidas contra a empresa e os executivos que delatoram. As mensagens
trocadas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol apontam que o
ex-juiz sugeriu que os termos do acordo fossem burlados e que membros
do Ministério Público Federal (MPF) discutiram formas de contornar os limites
da colaboração.
Novos crimes cometidos pela Operação Lava Jato segundo a Folha de São Paulo e seu novo parceiro, supostas discussões para tornar públicos crimes de suborno da Odebrecht na Venezuela, país no qual juízes e procuradores são perseguidos e não podem agir com autonomia. É sério isso?
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