O Ministério Público do Estado de
Pernambuco (MPPE) expediu um ofício ao comandante geral da Polícia Militar,
Vanildo Neves de Albuquerque Maranhão Neto, para que o coronel “determine aos
seus subordinados” que observem a “legalidade, necessidade, razoabilidade e
proporcionalidade” no uso da força em eventos convocados por movimentos de
esquerda que irão se realizar em Recife, no mês de março.
O MPPE, segundo o documento, quer “evitar excesso na utilização da força e
emprego inadequado de armas (letais e não letais)”.
O promotor Westei Conde y Martin Junior, que expediu o ofício, mencionou
no documento “atos públicos que ocorrerão no Recife, nos dias 08 e 09 de março
de 2020, alusivos ao Dia Internacional da Mulher, com a realização de Ações
Descentralizadas no Morro da Conceição, Brasília Teimosa, Feira de Nova
Descoberta e Ibura e de Grande Ato, com concentração no Parque 13 de Maio,
seguido de caminhada pela cidade, convocados por diversos coletivos de
mulheres, intitulado: Dia internacional de Luta das Mulheres no Recife:
Feministas Contra a Violência do Estado Racista, Patriarcal e Capitalista”.
O promotor é responsável pela Promotoria de Direitos Humanos no Recife. Doutor Westei recebeu o título honorífico
de cidadão de Pernambuco por proposição do PSOL, em 2016.
“Vimos várias situações no Recife
e em Olinda, além de relatos em redes sociais sobre casos de censura, repressão
e abuso de autoridade. Quem deu a ordem para proibir música de Chico Science no
Carnaval? Desde quando a Polícia tem essa atribuição? Em que lei está escrito
que mulheres não podem mostrar seios durante os blocos de Carnaval? O que
justifica a abordagem violenta como a que sofreu o Artur nas mãos da polícia?”,
questionou a Juntas, na tribuna da Assembleia, nesta segunda-feira (2).
A deputada disse que buscaria a Corregedoria da Polícia Militar para
“apurar as situações e acompanhar a adoção de medidas cabíveis”. (Via: Blog do Jamildo)
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