O principal índice da bolsa de
valores brasileira, a B3, opera em queda superior a 10% no início da tarde
desta quarta-feira (11) e teve as negociações suspensas pela segunda vez nesta
semana, segundo o G1. Os negócios seguem pressionados pela queda no preço do
petróleo e pelo temor sobre o impacto da epidemia de coronavírus na economia
global. Às 15h16, o Ibovespa tinha queda de 10,11%, a 82.887 pontos. Veja mais
cotações.
Na segunda-feira, logo pela manhã, os negócios também foram suspensos,
quando o Ibovespa recuou 10,02%. Pela regra da B3, quando a queda passa de 10%
é acionado automaticamente o circuit breaker, mecanismo que interrompe as
negociações de papéis por 30 minutos.
Nesta quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia
de Covid-19. De acordo com a OMS, o número de casos, mortes e países afetados
deve subir nos próximos dias e semanas. As ações da Petrobras tinham queda de
quase 9%, acompanhando o recuo nos preços do petróleo após Arábia Saudita
anunciar plano para ampliar capacidade de produção. Já o dólar era negociado em
alta, no patamar de R$ 4,70.
Nos EUA, os principais índices de Wall Street operam em queda com os
investidores céticos sobre o plano de estímulo do presidente Donald Trump para
combater a epidemia de coronavírus.
Os investidores avaliam também nesta quarta as medidas de estímulo para
ajudar a minimizar os impactos econômicos do avanço do coronavírus no bloco
europeu. O Banco da Inglaterra (BoE) anunciou uma corte emergencial de 0,5
ponto percentual nos juros, em um esforço para estimular a economia e evitar o
risco de uma recessão.
Cenário doméstico
No âmbito doméstico, operadores analisavam dados sobre a inflação oficial do
Brasil, que acelerou para 0,25% em fevereiro, mas registrou a taxa mais baixa
para o mês em 20 anos, dando apoio às apostas de novo corte na taxa básica de
juros na semana que vem.
Também nesta quarta o Ministério da Economia informou que sua estimativa
oficial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano foi revisada de
2,4% para 2,1%.
"Estamos monitorando de perto os desdobramentos do Covid-19
[coronavírus] e a recente queda no preço do petróleo e reafirmamos que a melhor
resposta ao novo cenário é perseverar com as reformas fiscais e
estruturais", informou o ministério.
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