Os Estados Unidos superaram a
Itália como o país com o maior número de mortes por coronavírus, registrando
mais de 20 mil óbitos desde o início do surto, segundo contagem da agência de
notícias Reuters.
O marco sombrio foi alcançado em meio às ponderações do presidente Donald
Trump sobre quando o país, que anotou mais de meio milhão de infecções, pode
começar a ver um retorno à normalidade.
Os Estados Unidos registraram o maior número de mortos até o momento na
epidemia, com cerca de 2 mil mortes diárias nos últimos quatro dias seguidos,
com grande parte delas ocorrendo na cidade de Nova York e seus arredores.
Mesmo este número é visto como possivelmente menor que a realidade, já que
Nova York ainda está descobrindo a melhor maneira de incluir um aumento
ocorrido nas mortes em casa em suas estatísticas oficiais.
Especialistas em saúde pública alertaram que o número de mortos nos EUA
poderá subir para 200 mil durante o verão se os pedidos sem precedentes para
ficar em casa, que fecharam negócios e mantiveram a maioria dos norte-americanos
em isolamento, forem suspensos depois de 30 dias.
A maioria das restrições atuais à vida pública, no entanto, incluindo
fechamento de escolas e ordens de emergência que mantêm trabalhadores não
essenciais confinados em suas casas, decorre de ordens de governadores e não do
presidente.
Custo econômico
No entanto, Trump disse que deseja que a vida volte ao normal o mais
rapidamente possível e que as medidas destinadas a conter a propagação do
coronavírus têm seu próprio custo econômico e de saúde pública. As atuais
diretrizes federais vão até 30 de abril.
Trump, que busca a reeleição em novembro, terá que decidir se deve
estendê-las ou começar a incentivar as pessoas a voltar ao trabalho e a um
estilo de vida mais normal.
O presidente disse que iria divulgar um novo conselho consultivo,
possivelmente na terça-feira (14), que incluirá alguns governadores estaduais e
se concentrará no processo de reabertura da economia dos EUA.
O número de americanos que buscam benefícios de desemprego nas últimas
três semanas ultrapassou 16 milhões, com novos pedidos semanais superando 6
milhões pela segunda vez consecutiva na semana passada.
O governo disse que a economia eliminou 701 mil empregos em março. Essa
foi a maior perda de empregos desde a grande recessão e encerrou o maior boom
de empregos na história dos EUA, iniciado no final de 2010. (Via: Agência Brasil)
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