Pernambuco perdeu, na manhã desta quarta-feira (15), o empresário e
empreendedor Elpídio Martins Filho, vítima do novo coronavírus.
Ele foi o criador da Engefrio, empresa que se tornou referência no setor de
varejo por vender equipamentos de preparação de alimentos, estimulando a
criação de milhares de pequenos negócios.
Martins Filho também tinha um outro negócio que ajudava pequenos empreendedores. Vendia suprimentos para instalação de sistemas de ar-condicionado, viabilizando as atividades de micro e pequenas empresas que atuam no segmento de refrigeração de ambientes. O terceiro negócio do empresário era a revenda Autoline Honda.
Martins Filho também tinha um outro negócio que ajudava pequenos empreendedores. Vendia suprimentos para instalação de sistemas de ar-condicionado, viabilizando as atividades de micro e pequenas empresas que atuam no segmento de refrigeração de ambientes. O terceiro negócio do empresário era a revenda Autoline Honda.
A história de Martins Filho está diretamente relacionada à criação de
oportunidades de negócio de pequenos e microempreendedores. A Engefrio vendia
todo os suprimentos e virou referência para todo o segmento.
Ela sempre teve a marca de inovação e trouxe ao Brasil uma grande
quantidade de equipamentos importados, melhorando a performance de pequenos
negócios. A empresa era distribuidora de louças para restaurantes comerciais e
até indústrias.
Um outro negócio do grupo foi na verdade o início dos negócios do
empresário. Ele era revendedor da japonesa Hitachi para o segmento de
climatização. Uma das marcas da empresa era de apenas vender os equipamentos
sem entrar no setor de climatização.
A lógica de Martins era de que o seu negócio era vender os artigos que
outras empresas precisavam para fazer o seu negócio. Costumava dizer que não
fazia sentido prestar serviços de climatização, pois o seu negócio não podia
concorrer com o do cliente.
Elpídio tinha o hábito de viajar
ao menos quatro vezes por ano ao exterior procurando novidades. Numa dessas
acabou conquistando a revenda da Honda em Pernambuco.
Ele foi ao Japão a convite da Hitachi e decidiu aproveitar o dia de folga.
Chegou na sede da Honda em Tóquio e pediu para ir ao departamento de América
Latina.
Foi encaminhado a um japonês que o ouviu por uma hora, fez dezenas de
perguntas sobre o Brasil e Pernambuco e no final da conversa agradeceu a visita,
embora confessasse que tudo que ele deveria fazer era conversar com a Honda no
Brasil. Martins voltou para o Brasil com a sensação de ter perdido tempo.
Mas um mês depois ele recebeu um
telefonema de um executivo da Honda sugerindo que quando fosse a São Paulo
visitasse a sede da Honda. “Eu disse que “coincidentemente” tinha uma reunião
em São Paulo no dia seguinte. Não tinha nada, mas fui”.
Martins se surpreendeu ao chegar na sala. O diretor da Honda tinha o
cartão que ele deixara em Tóquio e um “paper” da sua conversa com o executivo
no Japão.
Um ano depois e após a troca de dezenas de certidões, ganhou a revenda
Honda em Pernambuco. Após a festa de inauguração da loja da Imbiribeira, o
presidente da Honda no Brasil disse no seu ouvido:
"Elpídio, você conquistou a revenda no dia em que foi a Tóquio. Nenhum
brasileiro tinha tomando tal atitude quando a Honda disse que iria iniciar suas
atividades no Brasil. E isso a companhia valoriza muito". (Por Fernando Castilho do JC Negócios)
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