O ministro da Educação, Abraham Weintraub,
confirmou esta sexta-feira, durante live em uma rede social, a realização do
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), na versão imprensa, com prova prevista
para os dias 1º e 08 de novembro. Segundo ele, até lá, a quarentena já terá
passado e não há motivo para o adiamento do exame.
“Vai
ter Enem, essa quarentena vai acabar em breve, eu acredito”, afirmou. “A crise
já vai ter passado”. Pela primeira vez, o Enem terá também aplicação de provas
digitais, em fase experimental. De acordo com o ministro, a prova digital será
realizada por cerca de 100 mil voluntários. A data dessas provas está prevista
para os dias 22 e 29 de novembro.
Se
houver algum problema na aplicação da prova digital, os candidatos poderão
refazer o exame na versão impressa, em data posterior. “Se der problema, faz a
reaplicação em papel, junto com quem teve problema [com a prova] em papel”,
explicou o ministro.
Weintraub
informou que a pasta concedeu cerca de 1 milhão de isenções da taxa de
inscrição do Enem 2020. O prazo para fazer o pedido terminou às 23h59 desta
sexta-feira. O resultado será divulgado no dia 24 de abril.
Fies
O
ministro também garantiu que o governo vai suspender temporariamente o
pagamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em decorrência da crise
econômica causada pelo novo coronavírus. A regulamentação do adiamento está em
fase final de tramitação no ministério e será, inicialmente, por 60 dias,
podendo ser prorrogada por mais 60.
“Já
está encaminhado o pedido, tramitando no Ministério da Economia e no MEC. Serão
60 dias e, se precisar mais 30 e, depois, mais 30”, detalhou.
Ano letivo
Ainda
durante a live, Weintraub disse que não há comprometimento do ano letivo por
causa da suspensão das aulas que ocorre em todo o país. No início do mês, o
presidente Jair Bolsonaro editou medida provisória (MP) para flexibilizar o
número mínimo de 200 dias letivos previstos em lei.
“O
ano letivo não está comprometido. A gente flexibilizou a questão dos 200 dias.
Com a flexibilização dos 200 dias, a única coisa que a gente pede é que as
escolas deem um currículo de 800 horas/aulas, e isso pode ser feito de uma
forma mais flexível”, disse.
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