Após ficar ciente da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio debochou que está em casa, “pintando a churrasqueira para o Ano Novo”, ainda que tenha mandado de prisão em aberto. É o que ele garante, em declaração dada à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, depois da imprensa divulgar que o Moraes decretou as prisões de Eustáquio e do youtuber Bismark Fugazza por provocar atos antidemocráticos.
De modo geral, o blogueiro relacionou a decisão de Moraes a uma “vingança” devido a uma denúncia realizada pelos dois em um organismo internacional.
“Há seis dias, apresentei denúncia contra ele na Corte Interamericana de Direitos Humanos, em San José, na Costa Rica. Afirmei que a mulher dele é sócia do [ex-deputado] Gabriel Chalita, o principal articulador da chapa de Lula e [Geraldo] Alckmin, e que o ministro usa a máquina do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] em benefício próprio”, relatou, conforme publicado pelo site Metrópoles. “Peguei o jato de um amigo e fui para lá fazer essa denúncia”, acrescentou.
Existe um vídeo de Eustáquio e Bismark a bordo de um avião nas redes bolsonaristas, junto a Paulo Souza, do canal do Hipócritas. Dentro da filmagem, eles apontam que foram para a “missão mais importante” do tempo de vivência, porém não comentam o destino.
Ainda em tom de deboche, Oswaldo Eustáquio comentou que sequer foi notificado sobre a prisão. Além disso, uma vez que a Polícia Federal apareça, para detê-lo, vai ofertar “bolo, café, chocotone, panetone e pinhão”. “Eu por enquanto não sei de prisão nenhuma”, aponta.
A decisão é da última semana, porém a PF ainda não identificou os investigados. “Passa o meu telefone para eles [policiais federais]”, rebateu Eustáquio ao comentar sobre os agentes não terem conseguido encontrá-lo dentro de sua própria residência, os classificando como “juvenis”.
Investigação
Eustáquio é investigado no inquérito que analisa atos antidemocráticos contra a Suprema Corte e foi preso em 2020. Em suma, o bolsonarista teria descumprido as condições impostas pela Justiça para promover a sua liberdade.
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