Há três dias, o Rio Grande do Norte sofre com uma onda de violência encabeçada por uma facção criminosa que exige condições nos presídios como, por exemplo, visitas íntimas e acesso a tevês. Uma das pessoas que coordenava os ataques contra prédios públicos, estabelecimentos comerciais e veículos de 25 cidades estava preso na Penitenciária Lemos Brito, na Mata Escura.
O detento foi identificado como Judson Bezerra Araújo Batista, o Bebezão. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), ele foi transferido para um presídio de segurança máxima. O nome da unidade não foi informado. Outros três presidiários que também estariam envolvidos com os crimes no Rio Grande do Norte foram identificados, mas, diferente de Judson, continuarão na Lemos Brito.
Ainda de acordo com a Seap, foram apreendidos aparelhos celulares, carregadores e fones de ouvido que estavam escondidos dentro de um chuveiro. Era por meio desses aparelhos eletrônicos que os presos conseguiam se comunicar com os membros da facção que atua dentro e fora dos presídios.
Histórico
Bezerra foi preso em 2020 durante uma operação policial no Rio Grande do Norte deflagrada para desarticular uma organização criminosa voltada à prática de tráfico de drogas, roubos e homicídios. Ele foi detido na companhia de mais seis homens.
Em fevereiro deste ano, o detento ficou ferido durante uma rebelião na Lemos Brito, que acabou com a morte de cinco presos. O motim foi causado após uma briga entre grupos rivais do pavilhão 2.
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