Uma agenda do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) ao complexo da Maré, no Rio de Janeiro, foi motivo de troca de farpas entre o representante do governo Lula e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), no Twitter.
Com o objetivo ampliar o diálogo entre organizações da sociedade civil e governo sobre as políticas de segurança pública, na última segunda-feira (13), Dino visitou a favela Nova Holanda, uma das 16 que fazem parte do Complexo da Maré. O encontro, que ocorreu na Rede de Inovação Tecnológica da Maré (RITMA), contou com a presença de lideranças e ativistas de direitos humanos. O complexo da Maré é o local onde nasceu a vereadora assassinada, em 2018, Marielle Franco.
Ao tomar conhecimento da presença do ministro na favela, o filho do ex-presidente Jair Balsonaro, Eduardo Bolsonaro, usou o Twitter para insinuar uma possível ligação entre o ministro e criminosos do local. “Flávio Dino, o ministro que entra na Maré, complexo de favelas mais armado do Rio, com apenas 2 carros e sem trocar tiros Vamos convocá-lo na Com. Segurança Pública para explicar o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca. Isto é um absurdo””, escreveu ao compartilhar vídeo da agenda.
No dia seguinte, o ministro rebateu as acusações do deputado e disse não ter medo de “milicianinhos”. “Soube que representantes da extrema-direita reiteraram seu ódio a lugares onde moram os mais pobres. Essa gente sem decoro não vai me impedir de ouvir a voz de quem mais precisa do Estado. Não tenho medo de gritos de milicianos nem de milicianinhos”, rebateu.